Acaso ou Destino

sexta-feira, dezembro 29, 2006

Emoções

Procuro por ti em cada rosto que se cruza por mim. Quando alguém me lembra de ti fico feliz, nesse momento o meu coração dá um pulo.
Eu amo-te mais que tudo. Mas meu amor, não posso viver a sonhar. Não posso viver a desejar-te se tu não estás nem aí para esse meu sentimento. Estás no topo dos meus desejos e viverei procurando por ti.

Tenho necessidade de afectos e emoções, por isso não morro quando morre um sentimento. Sofro, mas tenho de seguir procurando novas emoções. Não é que te tenha esquecido, mas tenho de prosseguir na busca da minha felicidade. Tens a porta aberta para me procurar se teu coração mudar e me desejar. Esteja eu livre ou não, arrisca. Quiçá ainda não preenchi o espaço deixado por ti...

É fantástico as reacções físicas que os corpos produzem instantaneamente sem qualquer premeditação. É por isso que um corpo não existe sem a sua alma. Somos corpo e espírito. O espírito é que comanda os nossos desejos e emoções. Não sei se é o espírito no sentido lato da coisa, talvez queria antes dizer que somos corpo, emoções e sentimentos.

Alguns de nós humanos somos mais sentimentalistas que outros. Eu sou um babaca dum sentimentalista, um romântico até dizer chega. Por vezes sinto-me um lamechas. Mas como posso deixar de sentir, contrariar as lágrimas que me caem do rosto quando o corpo sente uma emoção e elas correm sem pedir permissão?
Está na minha natureza sentir estas reacções e emoções que só o amor consegue transmitir.

Estou a ouvir aquela musica que me marcou, talvez para sempre, não é apenas uma musica, é uma cantora (só para não haver dúvidas Ana Carolina e Seu Jorge). A sua voz, as suas palavras, fazem-me chorar e ficar sensível. É uma fase da minha vida, que me deixa assim mais sensível, mas quem não sente estas emoções, esta força, não sabe o que é amar.

Eu sei que me apaixono por ti, se tu olhares para mim com aquele rosto e sorriso sincero.
Apaixono-me pela vida, pelo sonho, pelo desejo de amar. Onde andas tu?
Estou farto de te procurar, de correr o olhar e não te encontrar. Sei que estás próxima de mim, ao meu lado, à minha procura também.

Quando alguém me olha de um jeito especial, sinto-me tocado por esse olhar terno, mas sei que não és tu. No entanto fico a pensar nesse olhar, será carência? Sentimentos são complicados de gerir, porra!

Não queria envolver-me e tirar uma casquinha, quando por carência confundo atracção com paixão. Não quero criar ilusões se tenho dúvidas. Mas será que esses pensamentos e sentimentos, depois de lhe tocar não vai mudar?
Não posso pensar que é tesão e me apaixonar?
Devo hesitar por medo de magoar e deixar de viver o Amor?
Ou devo deixar seguir o coração, o desejo e o tesão se me sinto minimamente atraído?
Sei que não estou a usar a tua possível vulnerabilidade, pois se calhar és tu que só queres tirar uma casquinha e o vulnerável até sou eu.

Deus sabe que eu sou malandro, que sou humano e por sê-lo, estou sujeito a tentações. Umas consigo resistir outras não. Sei que vou seguir a melhor opção, porque viver é arriscar, experimentar e ser feliz.
Só o facto de desejar alguém, nem que seja fisicamente, é sinal que essa pessoa é especial para mim. Se evitar tocar-te, beijar-te, quiçá um dia me dirás que eu fui burro de não arriscar.
Se não der, quero que saibas que quando te toco, te desejo, te beijo, te dou amor e te faço sentir especial, o faço com entrega total, porque quero que sintas o poder do amor e do prazer. Talvez esteja a ser egoísta, tentado sentir apenas o prazer do momento, mas acredita que nesse momento te amei.

Mas continuo à procura de ti. Se outra mulher passar pelo meu leito sem bloquear o meu coração para sempre, é porque não eras tu a minha princesa. Não era a minha outra metade.
E a minha busca continua...

quarta-feira, dezembro 27, 2006

Mulheres, “bicho” complicado...

Caras mulheres,
sei que estou à procura de sarna para me coçar com este post, mas tem de ser, não há paciência.
Quero que me expliquem por favor umas coisinhas, ok?

A modos que é assim...

Um gajo repara numa gaja, acha-a atraente e tem por hábito galante-á-la quando se cruza com ela. Um gajo sente-se atraído e corresponde exactamente com o olhar, com as acções de acordo com as emoções e os sentimentos. Sentimo-nos atraídos, logo reagimos perante a atracção no sentido de abordar essa mulher. Normalíssimo não acham?
As gajas não. São ao contrário. Vocês normalmente não olham. Desviam o olhar ou olham para o chão. Gostam de fazer género (como eu costumo dizer) ou fazerem-se de difíceis, não sei...
Ao fim de um tempo, se um gajo continuar a olhar para a madame, esta percebe pelo canto do olho. Após a fase de tirar informações do gajo. Depois de já ter reparado no marmanjo e até lhe achar alguma piada, começa timidamente a corresponder com o olhar. Aos poucos os olhares vão sendo mais frequentes e intensos.

Ó’pois, é assim...

O gajo, ao perceber que ela já não é indiferente sua presença. Vai daí o carcamano, ganha coragem e mete conversa, convida-a para um café.
E não é que a madame, faz de conta que o gajo é atrasado mental e deixa um gajo a falar sozinho?

Arrrree Macho!!! Já dizia o meu avô para o Macho (que é o marido da Mula), quando o cabrão era molengão.
C’um catano....

Expliquem-me lá vocês donzelas, madames e gajedo, porque é que você são assim?
Será timidez? Será pelo prazer de ver um gajo a rastejar mais um bocado?
Se é depois quando um gajo não insiste segunda vez, vocês dizem logo.
“Pois era falso alarme. O gajo não presta.”

Dasse... Há Paciência para pães sem sal?
Eu não tenho, desculpem-me...
Fico á espera das vossa criticas e sugestões...

terça-feira, dezembro 26, 2006

Pressinto a tua presença

Quando estás nas proximidades os meus sentidos ficam incrivelmente apurados. Os meus ouvidos procuram o som da tua voz no meio de todos os outros sons. O meu olhar deambula por todos os ângulos e prismas possíveis. O meu olfacto fica apurado na ânsia de sentir o teu odor, o teu perfume. Por fim desejo tocar-te, sentir a tua pele ser percorrida pelas minhas mãos, torneando o teu corpo por forma a desenhar as curvas do teu corpo que ficam marcadas no meu pensamento. Quero sentir o paladar dos teus beijos...
Quero afagar o teu cabelo, tocar o teu rosto. Queria poder beijar os teus lábios. Não consigo parar de te olhar, de te amar...

Será uma doença?
Se for, quero ficar doente para sempre, ficar eternamente prisioneiro deste sentimento.

Toca-me. Beija-me e deixa-me gritar ao mundo o que sinto por ti.
Fui atingido pelo cupido do amor. Essa seta permanece bem espetada no meu peito. Cada bater do meu coração, cada inspiração, cada suspiro, mesmo que imperceptível, mesmo que eu esteja distraído o meu corpo só pensa em ti. Estás comigo em pensamento...

Vou desejar o teu amor para sempre. Se te sentires triste e só, dá-me a mão que vou levar-te a conhecer o mundo. Esse mundo pode ser o cantinho mais insignificante e triste, que contigo ao meu lado vai parecer um jardim cheio de flores exóticas e únicas como tu.
Contigo a rotina vai parecer dádiva de Deus. Vou agradecer o teu amor todos os dias da minha vida. Vou amar-te até que meu corpo por ti palpite e vou querer que seja para sempre...

Posso seguir por caminhos errados, mas sei que cada caminho, cada escolha me vai levar a teus braços.
Não podes fugir do teu, do meu, do nosso destino...
Não foi um acaso que me levou até ti...
Já te procurava, já te sentia, mesmo antes de te ver...

sábado, dezembro 23, 2006

Só porque é Natal...

Tanto se fala nesta altura do Natal. Que é afinal o natal?
Para mim nunca foi nada de especial. Desde as eternas peugas que recebia quando era miúdo, mesmo quando passou a ser dinheiro, que nós gastávamos onde queríamos.
Provavelmente só vou dar mais significado a esta época quando tiver filhos, se os tiver. Acho que gostava de os ter, mas ainda não encontrei a mulher ideia para viver essa eternidade. Com o tempo e a pressão social que o mundo nos exerce, as pessoas não conseguem manter relações, porque o egoísmo é enorme. Estou farto de ver pessoas, cara bonitas, feias, atraentes ou sei lá mais o que, mas que de sentido humano pouco têm. Casar, juntar ou até namorar só porque se está só e se tem medo da solidão não é para mim. Quando tiver filhos vou fazer o seguinte, darei prendas aos meus filhos, mas nada de exageros e por vezes não lhes darei nada, para aprenderem que o Natal deve ser um estado interior, de amizade, de fraternidade e não sinónimo de prendas. Vou por vezes dar-lhes dinheiro para gerirem e serem criativos a dar esse dinheiro aos que precisam, ou seja, vou incutir-lhe o gosto por ajudar e a não ostentarem o que se tem.

Pronto só porque é Natal vou fazer uma loucura que me ocorreu à pouco. Sim porque eu sou maluco, embora ainda apenas em potência.
Então é assim, se queres ser minha mulher ou ter um filho meu tens de preencher os seguintes requisitos.
1) Para te fazer um filho, tens de provar que tens interior bonito e o cuidarás com carinho e amor, que farás dele um ser humano excelente. Pronto, estão abertas as candidaturas. Chamem-me pai, mas não me peçam dinheiro, logo tens de ser auto-suficiente. Não há mesadas, capichi?
2) Para seres minha mulher, a tal que referi à pouco que não encontro e se calhar nunca vou encontrar, tens de ter apenas o seguinte, coisa pouca :)
- Para começar tem de haver o click quando olhar para ti. Esta é a parte mais fácil, porque se tiveres o resto este ponto surge com naturalidade.
- Tens de ser um ser humano com alguma beleza exterior e charme suficiente para me deixares atraído por ti, mas é essencial a beleza interior.
- Tens de ser romântica como eu, e gostar muito de beijos, porque eu sou um beijoqueiro...
Resumindo, tens de ser boa pessoa, altruísta quanto baste, simpática, sorridente e alguma ingenuidade típica da simplicidade. Boa amante, porque sem amor e sexo, serias minha amiga. Para essa categoria basta seres boa pessoa.

Vou se calhar dizer como sou e aí adaptas as características essenciais que referi ao que tu ambicionas dum homem, mixturas tudo e vez se és compatível. Assim é tudo mais fácil e não perdemos tempo.
Eu sou um gajo chato, teimoso como o camandro, nem feio, nem bonito, sensível, romântico e apaixonado. Um verdadeiro cola na arte de amar. Sou especial e bom rapaz, que melhora a cada dia que passa e muito mudo com exemplos bons, logo, quanto melhor fores, melhor me tornarei. Estatura média e físico elegante quanto baste. Sincero, bom ouvinte, que gosta do sossego do lar e de partilhar tudo no seio do casal, só a partilhar existe realmente casal.

Bom como virão é fácil, será que é desta que vou encontrar a minha meia laranja, cara metade, chávena para o meu pires?
Ai filha, se tiveres as características e o cuzinho quentinho da tua chávena, o meu pires fica apanhado por ti.

P.S. Isto é uma divagação não se cansem já a dizer que não é assim que encontro a minha cara metade, ok? poupem-me please! Mas desta minha ingenuidade quiçá, não alcanço o difícil objectivo... Tinha piada não tinha.

Bom Natal

A noite

Gosto da noite. Nela consigo saciar o meu prazer de observar os comportamentos alheios e ver suas atitudes.
Gosto de observar o outro, sempre fiz isso, talvez por ser mais calado e aprende-se a perceber apenas por um gesto a entender o seu significado. Ou não...
Estar num bar, como ontem, onde conheço as pessoas de vista, das vezes que frequento esse local e observar os grupos, sempre com suas danças. Das poucas vezes que lá vou, é fácil, imaginar antes de entrar quem lá está e com quem, e ainda em que local.
Somos animais previsíveis demais, que necessitamos de alguém ao nosso lado para nos sentirmos integrados. Eu próprio enquanto não chega alguém conhecido ali estou na minha, a beber umas bejecas e apenas observar. Quando chegam os meus conhecido, falo, e já tenho expressões. Antes disso ser observado pelos outros, devo ser um parado que ali está sozinho com ar de ressabiado. Mas pouca gente consegue aguentar muito tempo assim na solidão, esse silencio mata e consome-nos interiormente, porque a pressão psicológica dos outros, mesmo que não estejam a ligar patavina a nossa presença, para nós é uma pressão enorme. Para mim é já uma rotina que levo na boa e essa pressão, já não me afecta e gosto de observar.
Os casais, que mal se falam, estão ali tão sós como eu. Os olhares cruzados, de desdém, de ódio, de sedução...
O funcionamentos dos grupos é como o funcionamento da sociedade, em que as pessoas se agrupam por interesse e algumas vezes por amizade.
Gosto da noite, onde não há hierarquias e qualquer um tenta aplicar o seu marketing social.
Continuarei sempre a ser um narrador e observador, apenas enquanto solitário, porque quando não o sou a noite para mim não tem interesse nenhum. A noite é usa para divertir, para quebrar a rotina e conviver. Mas para a maioria dos habitues é um escape, uma tentativa de fugir à solidão. E essa necessidade por vezes justifica as amizades futeis, porque ninguém quer estar na noite sozinho.

domingo, dezembro 17, 2006

Romper para voltar unir

Por vezes temos de partir.
A harmonia já não existe e deu lugar ao conflito permanente, seja ele de interesses, de vontades, de qualquer especie, pessoais ou inter-pessoais.
Hoje vou partir, não hoje, neste dia específico, mas hoje, no presente. É uma viagem interior, pessoal e sem volta. Por mais que possa voltar atrás, se isso acontecer, será um voltar diferente, logo não será nunca um voltar para a mesma situação. Quando partimos, partimos para sempre. Vou partir interiormente na busca de um novo eu...
Estamos a entrar num novo ano e queria partir em todas as frentes. Começar literalmente novos desafios e novas emoções.
Nalguns processos já foram lançados os dados e se não ocorrerem as contrariedades de outras vezes, não querendo chamar azar, se essas contrariedades, desta vez não acontecerem, num desses campos haverá uma mudança enorme. Noutros campos essa mudança tem ocorrido ao longo do tempo inevitavelmente.
Os processos internos de cada um de nós, tem um tempo para amadurecer e voltarmos a reerguer-nos voltando a sorrir. Estou num período de mudança longo sentimentalmente, é o pior campo para mim. Sinto-me feliz e plenamente satisfeito com o que tenho, embora desejasse mais. O que tenho faz-me sentir em paz e isso já é gratificante.
No campo profissional é onde a mudança pode ser enorme e espero confiantemente que desta tenha alguma "sorte", pois tenho feito por a merecer.
Outras mudanças a nível comportamental, inevitavelmente estão a ocorrer todos os dias, porque todos os dias novos desafios e pressões me influenciam.
Romper e terminar tem sido o que mais tenho feito no ano de 2006. Foi um daqueles anos onde acontecem muitas mudanças e nos deixam por vezes atordoados. Como se costuma dizer que os ciclos duram sete anos, nunca tendo reparado muito nisso, então se o ano que está a terminar foi um marco de mudança em todos os sentidos, resta-me ter mais fé ainda neste novo ano. Vai ser o ano da minha afirmação, do erguer deste génio que habita dentro de mim :)
Ciclicamente no campo sentimental as minhas relações iniciam-se nos primeiros dias do ano, principalmente as mais significativas e marcantes. Este ano não se perfila nenhuma alteração nesse sentido, mas se ocorrer é o pleno. Como eu sou prevenido e realista, pode acontecer que nada mude entretanto, não ocorra a mudança aguardada profissionalmente e no campo sentimental, tudo se mantenha como agora.
Mas se assim for, não vou desistir, porque mais contrariedades dos que as que já tive este ano, duvido que em 2007 voltem a acontecer.
Rompi com pessoas e processos, alterei atitudes tornando-me mais tenaz e conciso. Aos poucos estou a construir e erguer com bases mais firmes e sólidas. Assim espero.
É a construir que crescemos e para saber construir é preciso conhecer ou viver a queda. Assim daremos mai valor ao que construimos.

sexta-feira, dezembro 08, 2006

Consumismo

Tanto se diz que devemos poupar, pois isso é importante para nós, para o futuro e para a economia.
Pois bem, é importante porque é preciso precaver o futuro. Devemos planear a nossa vida para não andar com a corda na garganta, e quando alguma fatalidade ou necessidade inesperada surgir, estarmos prevenidos. Chama-se a isso prevenir e viver com as cautelas quanto baste.
Mas pergunto eu;
- Como é que se poupa quando se ganha pouco? Como se consegue sequer viver com ordenados de miséria? Como?
Consumir tudo o que nos apetece, mesmo que não nos faça falta nenhuma, não é também viver? Acho que é e muita gente nem sequer pode fazer isso, quanto mais poupar.

Diz-se que é importante poupar para a economia melhorar. Só se forem os bancos que ganham, pois com o nosso dinheiro, fazem as operações financeiras que tantos lucros lhes proporcionam, sem necessitar de pedir a outros bancos maiores. Nós poupamos, eles poupam, eles ganham, nós ficamos igualmente pobres. Ainda por cima não pagam impostos como qualquer banca de esquina, que vive ao sol e à chuva e não tem informações privilegiadas.
Mas eu quero que eles se lixem completamente, para não dizer um palavrão.
Cada um deve ter as suas cautelas quanto ao futuro. Mas não vou deixar de viver para a economia melhorar. Pois ela também é o carrasco que me sobrecarrega de impostos, para depois serem mal gastos pelos políticos e corja de lambe botas que se orientarem com o nosso dinheiro.
Vão pedir para poupar à vossa mãezinha. Poupem vocês, comprando carros mais baratos para as vossas deslocações de serviço.
Todas as vossas regalias deviam ser referendadas.
Quando a balança direitos e deveres estiver equilibrada e justa, aí sim venham pedir ao povinho para fazer sacrifícios.

Consumir é viver, dá-me alegria e prazer.

sexta-feira, dezembro 01, 2006

Mulher de Sonho

Ao deitar penso em ti.
Queria ter-te aqui,
para olhar o teu rosto,
poder passar-lhe a mão,
ver os teus olhos,
esse sorriso maravilhoso,
terno e meigo.
Perco-me na tua voz,
deixo-me levar por cada palavra
que soletras docemente.
O teu corpo fascina-me,
ficando na ânsia de o tocar,
sentir o teu calor,
beijar tua pele.
Obrigado por existires,
só para te ver já é bom viver.

Destino

Se reflectir sobre o Destino, será que existe ou não? Chego a uma reflexão interessante. É apenas um pensamento meu, e vale o que vale.
Será que no meu percurso de vida, tudo aconteceu por acaso? Ou será que o Destino me levou a determinados caminhos, que posteriormente pensei terem acontecido por acaso?

Penso então num exemplo para tentar chegar a uma conclusão, fruto da inspiração em determinado momento. Amanhã certamente a reflexão levar-me-ia noutro sentido.

Pensemos então na “PAIXÃO”.
Quantas vezes eu me apaixonei em tantos anos de vida?

Lembro-me da primeira paixão da minha vida. Aconteceu logo no primeiro dia que a vi, no primeiro dia de aulas da 1ª classe. Foi à anos. Mas lembro do rosto de boneca que tinha. Até ainda me lembro do vestido vermelho que usava.
Tive depois outra paixão ligeira, mas o destino deixou de cruzar nossos caminhos, no entanto marcou o suficiente para agora me lembrar, nada mais.
Lembro-me de várias outras pessoas por quem me senti muito atraído, até surgir outra grande paixão. Esta também durou muitos meses, e de todas as anteriores, foi a única que se concretizou em algo. Num romance pequeno, passageiro, mas muito agradável. Foi o romance da inocência.
Outra paixão surgiu do acaso, de um conjunto de acontecimento que levaram a que se proporcionasse o momento em que estivemos juntos. Daí surgiu um período de conhecimento e enamoramento. A relação durou anos e apesar dos conflitos de personalidades e rebeldias, foi uma relação enriquecedora onde aprendi muito.
Depois tive outra grande paixão que resultou do acaso novamente. Um dia com a inspiração, coragem e ousadia, cometi uma intromissão, invadi a privacidade de alguém por meios tecnológicos e fui bem sucedido. Tinha de acontecer. Daí a aparecer o amor, durou apenas umas horas. Posso dizer que foi a relação mais fantástica que já vivi no campo sentimental. Em todos os aspectos foi a relação que pensei que duraria para sempre. Por razões as vezes não muito compreensíveis, levaram à morte da relação.
Logo depois surgiu a actual, outra grande paixão. Esta já me persegue à alguns tempos. Eu acarinho-a no meu peito, no meu pensamento, porque é um sentimento que me deixa feliz, faz-me sonhar e deixa a minha alma doce e sorridente. Será paixão? Talvez não, talvez seja uma admiração, mas quero pensar que é paixão, das impossíveis, como bem gosto de sentir. Sou um idealista incorrigível.
Resumindo tive quatro grandes paixões e esta actual. A primeira foi a que mais tempo durou no tempo, a segunda, a que se concretizou passado uns meses de sonho e admiração. A terceira, que nasceu do acaso, tal como a quarta. E por fim a quinta, que tal como a primeira e segunda, surgiu da admiração constante de uma pessoa fantástica. Esta resultou de vários acasos, ou não, do meu percurso de vida, quiçá do meu Destino.

Mas onde queria chegar era no seguinte;
Porquê só cinco Paixões? Porquê?
Se tantas vezes me cruzei com tantas pessoas, muitas delas lindas e interessantes, que o acaso me colocou no caminho várias vezes, que não provocaram nenhuma chama ouve nenhuma a química. A paixão não se instalou no meu peito, ao contrário destas cinco pessoas, em que o click surgiu logo no primeiro olhar.
Acredito que as quatro primeiras me amaram também de alguma forma, mas também nem todas se aperceberam logo da minha existência, como eu me apercebi da delas. Será que foi por acaso?
Era aqui que queria chegar. Isto leva-me a pensar que não terá sido puro acaso, mas sim fruto de um destino, que é o meu.
Tantas vezes me dizem, “...faz qualquer coisa, por essa paixão que sentes...”, mas eu sei que não tenho de fazer nada, porque sei que farei ou se proporcionará quando tiver de ser, mesmo que não tenha de ser.
Nada, mesmo nada acontece por acaso. Pode não fazer sentido relacionarmos muitas das pessoas que passam e não deixaram nada, a algo que nos marcou ou influenciou, mas não sabemos se realmente não foram importantes para influenciar o nosso destino, nem que seja por nos desviar doutro caminho qualquer.
Há caminhos que escolhemos e temos sempre muitas opções, mas todos eles de uma forma ou de outra nos levam ao nosso Destino. Não há como fugir, pois não se pode evitar um destino que não sabemos que vai acontecer.
Por isso se diz que se escreve certo por linhas tortas. As linhas tortas são o nosso livre arbítrio, o certo é o fim, o Destino que cada um tem dentro de si. Todos o conhecemos, pois está no nosso subconsciente, guiando-nos em determinado sentido que perseguimos todos os dias. Sabemos o que pretendemos, mesmo que não saibamos para onde vamos.

Tu, caro leitor, não vieste aqui ler isto por acaso! Segue os teus instintos, pois eles são o teu subconsciente. Ele sabe para onde te levar...
Algo deixou ou influenciou já o teu destino e quiçá esta passagem, não faz parte desse caminho que segues diariamente.