Acaso ou Destino

quarta-feira, março 28, 2007

Como Amas tu?

Que tipo de amante és?
Quando estás apaixonado(a), que sentimentos ou pensamentos mais te ocorrem?
E na intimidade que loucuras és capaz de fazer e como as vives? Que loucuras já fizeste por amor ou por paixão?

Conta-me tudo...

Amar é único, deixa-te o corpo cheio de adrenalina. O pensamento fica por vezes ausente de qualquer actividade, ficamos apáticos a imaginar apenas o nada, sentindo apenas o sabor dos beijos, o tacto das mãos, o cheiro da pele e o som do amor. Seja este mais ou menos silencioso, esteja uma barulheira lá fora ou não, no momento em que se ama tudo à volta é apenas cenário, que dificilmente perturbam dois corpos que se entregam ao prazer.

Como já li, a pele é o nosso maior órgão e tem imensos pontos para serem acariciados. Concordo e, é por isso que adoro fazer e receber massagens, beijos e carícias. Sejam estes feitas com que parte ou em qualquer parte do corpo. O estimulo do prazer é psicológico, físico e intuitivo.

Eu amo de todas estas formas e mais algumas que me ocorrem no momento. Nos momentos de trocas várias apenas tenho um pensamento, perceber o que as minhas explorações provocam de sensações, para dessa forma as poder intensificar ou diversificar e é assim que gosto também de ser amado. Amado de forma plena e intensa, seja durante um curto espaço de tempo ou durante uma longa metragem. Mas até os momentos de maior intensidade e tesão, fugazes de paixão são bem vindos, pois tudo é amor. Eu entendo assim, cada um tem a sua forma de sentir as coisas. Há sempre o peso da educação, da cultura e da nossa personalidade, tendo esta sido moldada num determinado meio social e contexto de vida. É por isso que não há certo nem errado, onde existem apenas pessoas diferentes, que sentem e se libertam de forma diferente. É isto que quero sentir e partilhar, deixemos de uma vez de ser o povo fechado e "antiquado", que só sabe criticar o que os outros fazem, não sabendo depois com justiça ser juiz em causa própria.

Como amas tu?

Abre o teu coração, aqui és livre, és anónimo, tens todo o direito à diferença...

Manifesta-a...

segunda-feira, março 19, 2007

Que Procuras tu?

Quero saber o quê e sobre o que pensas? O que ambicionas?
Diz-me o que queres, que eu tentarei dizer-te como lá chegares...

Agora se não estou inspirado para escrever, vou virar-me para vos dar a palavra e a partir dai, dialogar-mos de forma aberta e sem tabus.

Que pensas agora? Porque aqui vises-te? Que procuras?

O acaso te trouxe até aqui...
Eu te vou indicar o caminho do destino...
O destino que tu vais escolher todos os dias...
Se andas perdido eu te direi onde encontrares de novo a estrada, que te vai levar à felicidade...

Arrisca!!!

quarta-feira, março 07, 2007

Sonho

Era quase meia noite...
Numa bela noite de luar, o céu estava estrelado e a luz que a lua emanava, iluminava tudo à nossa volta, desvendavam alguns segredos da escuridão, realçando as sombras negras para lá do qual se vislumbrava. Era uma noite de inverso, de frio seco, com uma ligeira neblina a levantar-se do chão, ainda muito tímida, deixando o cheiro das árvores penetrar no meu nariz.
Estava-mos nós naquela casa dos meus avós, numa pequena e pacata aldeia. Nela apenas viviam alguns filhos dos antigos proprietários da idade dos meus pais. Regressaram à terra que os viu nascer, para ali viverem na solidão, no sossego e na paz do campo, os seus últimos dias. Não ficando para sempre ali isolados, mas grande parte do seu tempo seria passado ali, reapreciando a pacatez que em tempos os fez sentir limitados. É nesta casa de pedra, carregada de história e de histórias, carregada de vida, de recordações e de almas, que iremos passar este fim-de-semana. Estaremos apenas com a natureza, vivendo como se tivesse-mos regressado ao passado, com poucos luxos, com poucas comodidades, mas com muito sentimento, com muita paixão para partilhar e viver.
Saímos à rua para apreciar o luar e ouvir os sons da noite. O frio gelava-me a ponta do nariz que tu aquecias beijando-me de quando em vez. Amo-te. Dizias tu. E naquele cenário fiquei sem voz, apenas te olhando, tu sentistes as palavras que não te disse, que apenas pensei. Percebeste por telepatia, afinal neste momentos somos um só.
A noite continua a cair e o frio aperta. Encontrando-me no parapeito da varanda, por cima dos corrais dos porcos e da adega, tu enroscas-te de costas para mim e eu envolvendo-te com os meus braços, sinto o teu corpo tremer, com arrepios provocados pela troca de calor entre nós. Encosto o meu rosto no teu e olhamos para o céu. Estrelas cadentes vislumbra-mos, deixando-nos emocionados e tocados pela sua graça. Quantas vezes estando assim nós conectados com o mundo, com a natural ele nos brinda com este fogo de artifício silencioso e mágico. Tudo parece um sonho.
Por momentos fecho os olhos tentando perceber se estou acordado ou não. Reabro os olhos e tu ainda aqui estás ao meu lado. Dou-te um beijo no rosto, solto-te do meu abraço, levando-te agora pela mão a percorrer os cantos da casa e seus anexos. Vou te contando algumas das memórias que vou recordando. O forno, onde o meu avô fazia o pão, ele lá em cima agora estará a sorrir, recordando também com saudade todos os que ainda aqui se mantêm nesta vida terrena. Estará feliz certamente. Continuamos a percorrer pelos anexos, cheirando o mofo dos locais, cheios de teias de aranha, diria que seriam sinais de abandono, mas na realidade estão agora repovoados por outros seres vivos.
De mão dada percorremos todos os cantos, tentando vislumbrar como que por meio de uma tela, o que ali já se viveu.
Agora saindo para a rua, vamos caminhado por meio da aldeia onde se vai cheirando o ar puro. Vemos o fumo sair das chaminés, das poucas casas habitadas, onde dentro estarão certamente famílias à lareira a conviver ou cear, aproveitando o calor da lareira. A nossa também está acesa para onde iremos ao regressar a casa, a partilha mais algumas dessas memórias e momentos das nossas vidas.
Tu também falas dos teus momentos, que não tendo sido ali passados, são também muito bonitos e fantásticos. Tudo em ti é fantástico.
Por essa estrada ainda de terra, continuamos a caminhada. Ela tem demasiados buracos e desníveis criados pelo correr das águas da chuva que ao longo dos anos vão desenhando esses relevos. Aí vamos nós apreciando o luar, apreciando coisas que raramente reparamos. Hoje estamos para aqui virados agraciando a natureza, porque nossos corpos também precisam dessa paz por ela transmitida para realçar-mos o nosso amor.
Paramos no meio da estrada, beijando-nos, sentido os lábios gelados e a língua quente, tocando com as pontas dos narizes nos rostos e sentindo a diferença de temperatura. Adoro-te. Estamos aqui sem medo de sermos atropelados por alguma carroça, puxada por alguma mula, não temos medo, pois sabemos que elas estão nos seus corrais, descansando de um dia de intenso trabalho no campo.
O mundo é nosso. Somos pequenos no meio dele e ao mesmo tempo senti-mo-nos gigantes, de amor interminável, assim o declaramos um ao outro. O que importa é o agora, o amanhã não existe, nós o iremos construir de mãos dadas.
Sem reparar demos a volta à pequena aldeia e já estamos de volta a casa. Quando entramos o cheiro a lenha queimada, chama por nós. Ali nos sentamos a olhar para os pedaços de madeira a arder, deitando algumas fagulhas. Estamos sentados naquelas cadeiras de madeira velhinhas. Tu encostas a tua cabeça no meu ombro e vamos falando, projectando o dia de amanhã serenamente, umas vezes por telepatia no silêncio do estalar da madeira a arder, outras vezes sussurrando algumas palavras. Gosto imenso de ti. Tu sentes isso no bater do meu coração, que se torna mais apressado sempre que te encostas a mim, o meu corpo não mente.

Adormeci por momentos. Quando acordei tu não estavas ao meu lado...
Levantei-me e fui à tua procura, pensando que te tinhas ido deitar-te na cama. Cheguei ao quarto e tu não estavas. A cama permanecia intacta. Corri pela casa toda já um pouco atrapalhado e baralhado. Onde andas tu, pensava eu. Será que me tinhas abandonado? Será que terias vindo ali despedir-te de mim e agora deixaste-me da forma mais cruel? Onde estás tu?
Não te encontro em lado nenhum...
Volto para a lareira e reparo que apenas a minha cadeira está junto à lareira. Agora percebi que estive a sonhar. Que o calor da lareira me embalou e me fez sonhar contigo, dando-me este presente imaginário. Dirão que é um presente envenenado, mas eu gostei. Agora que percebo que não passou de um sonho, mesmo assim gostei.
Acredita que agora te senti na realidade. Tu és realmente fantástica...

Estou agora consciente que este sonho não passara disso mesmo para todo o sempre. As paisagens nunca serão estas, mas um dia outras serão menos sonho e mais realidade. É a sonhar que te consigo sentir e amar.

Quem és tu afinal?
Nem eu sei, só algum cupido o saberá, certamente andará distraído, tentando-nos juntar, mas nós teimamos em fugir das suas setas, ou estaremos imunes ao seu poder?

Cúpido...
Sim tu! Se me estás a ouvir, peço-te para mudares de setas, envenena-as se for preciso, mas acerta-nos de uma vez...
Cúpido...
Onde andas tu?... não quero que tu também sejas um sonho...

sexta-feira, março 02, 2007

O amor está no ar

É frequente no verão se dizer que o libido está ao rubro, onde o calor sobe e as roupas descem, mas tudo não passa na maioria das vezes de uma ilusão. Ficamos mais esperançosos em novos romances, em divertir-mo-nos de forma a carregar baterias para o resto do ano. O efeito mesmo que por vezes seja psicológico é importante, pois os pensamentos positivos atraem situações e emoções positivas. Quando estamos bem, emanamos uma áurea atraente que seduz naturalmente os outros seres nossos semelhantes. Por que não tentamos ser bem dispostos todo o ano, por que não desejamos amor todos os dias?
Até parece que nas outras alturas do ano é pecado e no verão é divino e abençoado. Não entendam o meu palavreado no sentido de desprendido, sem escrúpulos, sem paixão, sem sentimentos bonitos, apenas de forma carnal, pois não é isso que eu quero dizer.
Livre arbítrio, sentimento de leveza e serenidade, era isso que queria sentir todo o ano, todos os dias.
Eu sinto-me assim todos os dias, leve, livre e confiante e lá fora o mundo me espera. Sei que posso apaixonar-me ao virar de uma esquina quando me cruzar com alguém, por isso devia andar bem disposto, não deixar-me dominar por nenhum semblante carregado, fruto de alguma situação que me tenha desagradado. Parece utopia, parece irreal, mas não conseguindo estar sempre assim no auge, sei que esse é o caminho. Só por isso agora estou a sorrir e tu? Então por que esperas?
Vá não custa nada. Se estas a pensar em alguma coisa negativa, tenta esquecê-la e sorrir, vais ver que resulta. Se estás naturalmente bem disposto, então sente o quanto isso te está a fazer bem, não é verdade?

E se o amor estiver no ar todos os dias?

Eu quero que ele esteja no ar hoje, amanhã e depois. Vou sair e sorrir, beber uns copos e divertir-me. Não espero nada, não procuro nada, apenas quero sentir-me vivo e feliz por me sentir assim bem.
Tu estás aí, não fujas de mim porque eu vou-te encontrar. Talvez sejas tu a encontrar-me e se assim for, aqui estarei a sorrir para ti. O amor está à minha volta, onde apenas faltas tu, para juntos seguirmos pela estrada da paixão, do desejo, do prazer e das emoções fortes. Faremos projectos, seguiremos sonhos, viveremos o que melhor há para viver, onde os nossos corpos tocar-se-ão inevitavelmente. O teu beijo e o teu cheiro, esse teu olhar e o teu paladar, deixar-me-ão satisfeito e apaixonado.
Porque teimas em andar por esse labirinto da vida, sem reparares que eu estou aqui, ou será que sou eu que ainda não te vi. Que tolo eu sou, que cego devo andar.
Onde andas tu para eu te encontrar?
Solta o teu amor, deixa-o viver, pois ele sabe sempre o que é melhor para nós.
O amor está no ar, hoje para mim é primavera, amanhã é verão. Estejas tu de chapéu de chuva ou à verão, vou cruzar-me no teu caminho, pegar-te na mão e levar-te comigo para sempre. O meu amor vai circundar-te totalmente, donde tu não vais nunca mais querer sair. Abre os braços e abraça este amor que eu tenho para te dar.