Acaso ou Destino

domingo, outubro 29, 2006

Feira Nacional do Cavalo

XXXI FEIRA NACIONAL DO CAVALO

De 3 a 12 de Novembro - GOLEGÃ 2006





Para mim, uma das melhores feiras populares. O fim-de-semana de 10, 11 e 12 é o que irá atrair maior número de pessoas. Eu prefiro o convívio nas diversas tasquinhas e bares na Vila da Golegã.
Tenho o maior respeito pelo cavalo, animal imponente, bonito, mas que teimo em me afastar à sua passagem, muitas vezes por culpa dos seus cavaleiros que abusão do poder, que é estar ao comando daquele animal.
Quem não conhece esta feira, apareça que vai gostar.
Eu lá estarei de cerveja na mão. Não resisto a uma loirinha de cabelo branco e corpo fresquinho... Um pecado mortal...

sábado, outubro 28, 2006

Lar "doce" Lar

Lar, o mesmo que; casa de habitação, família, pátria ou ainda (a que achei mais piada); parte da cozinha onde se acende o fogo (vulgo fogão). Deve ser por isso que se diz que a mulher é a rainha do lar. Desculpem, foi uma provocação, acordei bem disposto!

Dentro do lar passam-se as mais variadas situações; amor, ódio, indiferença, compaixão, amizade, tudo aquilo que acontece pelo facto de conviverem pessoas e suas diferenças.

Como habito um apartamento modesto do século passado, as paredes permitem aquelas pérolas da vida, que é ouvir o que se passa na casa alheia.

Oh vizinha! Eu sei que já tinha acordado, mas posso ficar na cama a tentar acordar o cérebro mais algum tempo que durante a semana, que aí não tenho essa oportunidade.
Não! Deve pensar ela.
Porra! Começam logo na gritaria uns com os outros. Não percebi bem qual o tema, mas ouvi apenas um "...não posso..." e outra "...Odeio-te...Odeio-teeee..." Provavelmente era mãe e filha, em que a mais nova (a filha), devia estar a cravar alguma coisa à mãe.
Nos tempos de crise, não é fácil gerir as necessidades dos filhos e os putos ainda não percebem bem que o dinheiro sai do suor dos pais, muitas vezes mal pagos. E que o têm de administrar muito bem, para que nunca falte comida na mesa e ao mesmo tempo, pagar contas e tentar dar o melhor para os filhos. Mas este melhor não significa ter de dar o que os coleguinhas também têm, porque tiveram mais "sorte" na família que tiveram, no sentido de não serem remediados e não terem de se preocupar com esses detalhes.
Eu cá desde muito cedo, mesmo vivendo com os meus pais, era eu que tinha de juntar para comprar as minhas roupas, se queria alguma coisa mais a meu gosto.

Do outro lado do apartamento, aí sim, é mãe e filha, que vivem sozinhas. Não é frequente, até porque parece que se dão bem, mas a mãe de vez enquando tem uns cheliques e a filha lá tenta chamar a mãmã à razão;
- "...não é isso, estou cansada"...

Epá, só queria sossego no meu lar, será pedir muito? Até me separei por ter uma vida assim, em constante agitação das cordas vocais. Mas temos pena, eu sempre detestei gritaria.

Não vou falar da cama a bater na parede, aí não há muito para decifrar, embora nestas bandas, não seja recorrente. Os casais já são maduros e passaram a adoptar o sexo anal.... nada disso, seus depravados, é mesmo o sexo de ano a ano, tem anos que sim, outros que não.
Aqui no meu lar, há um defice dessas coisas. Ahhh.. Vizinhos me aguardem, quando o bicho pegar, vou tirar a barriga de misérias.

Nos lares, nasce a vida e por vezes é aí que se dão as maiores agressões à dignidade humana.
Detesto violência. Não entendo qualquer que seja o tipo de violência praticado. Não entendo que um ser humano tenha de provar a sua razão, a sua teimosia, à pancada a outro ser humano, mesmo que a violência seja verbal, que também agride fortemente a estabilidade psiquica de muitas pessoas.
Basta ler os jornais populuchos ou sensacionalistas, ver a tv e constactar essas aberrações.

Também tenho as minhas fúrias, no trânsito, por exemplo, mas admito que não sendo bonito, salta-me aquela ira! Depois até me chamo estúpido a mim mesmo e não gosto de ter essas actitudes, por isso tenho sempre o consciente alerta para tentar mudar. E alguns progressos vou fazendo, de vagar se vai ao longe!

Mas eu separei-me por não suportar essa convivência atribulada, mas quantos casais o fazem? Porque será? Serão as ditas relações, tipo "Família Italiana", em que todos berram e se amam incondicionalmente? ou será o comudismo, a dependência?

Também há aqueles que fora do lar, são uns grandes machos. Já ouvi casos, em que os colegas diziam:
- "... Pois, vem para aqui gritar e em casa leva porrada da mulher..."
Ou seja, o lar por vezes é o agressor, outra vezes é o local onde se descarregam as amarguras do dia a dia.

Há sempre a opção do diálogo ou a da brutalidade. Eu prefiro a primeira, se não resultar, é fácil, pego na trouxa e vou à vida...

O lar devia ser harmonia, partilha, amizade e amor. Se isto um dia acontecer, o mundo ficará muito menos violento.

Parece que a gritaria da vizinhaça acabou cedo hoje!
Vizinhos se lerem isto, mesmo que não sejam os meus, passem palavra e não se esqueçam que as paredes têm ouvidos. Eu não paguei para este espectáculo, please!!!Tenho direito ao sossego.
Depois dizem que escorregaram nas escadas. Sim Sim...

A solução é ouvir música, de preferência alta, embala a alma e protege da violência do mundo exterior.

quarta-feira, outubro 25, 2006

Amor à primeira vista...

Um belo dia vou fazer uma aula para exercitar o esqueleto, então decido experimentar uma coisa nova. Vou então a uma aulita de grupo e por coincidência (ou Destino?), era uma ocasião especial. Toda esse clima foi muito sensual e deixou uma sensação especial no ar.

Eis porém, que tenho o primeiro contacto visual com determinada pessoa, com quem senti logo uma grande empatia que até hoje ainda não esmoreceu... Mesmo que só a tenha voltado a ver meses depois desse primeiro dia, a marca já lá estava...

Sou um romântico que se apaixona ao primeiro olhar, ficando sem jeito, um introvertido crónico, que não consegue encontrar coragem para uma aproximação. Dirão vocês:
-"... aos tímidos não reza a história..."
Pois mas não posso negar a minha natureza, posso tentar, mas só o tempo o dirá se conseguirei um dia mudar!

Possivelmente é amor o que sinto, daqueles que quando se sentem são para sempre, mesmo que nunca venham sequer a tornar-se realidade. Talvez por isso mesmo seja um amor verdadeiro e puro.

Dizem que quando se deseja muito uma coisa ela um dia acontece. Aqui espero desejando...

Não estou iludido nem coisa que o valha, pois sei bem quais os terrenos que piso e as limitações existentes. Nem tudo o que se quer se pode ter, sei disso perfeitamente.

Queria apenas dizer que o Amor à primeira vista é possível e bem real, que não é coisa de adolescente, e se for, então quero continuar a ser adolescente para todo o sempre. Pois esta sensação é uma dádiva aos sentidos...

Sempre tive paixões arrebatadores e em nenhuma me arrependi, mesmo aquelas que tal como esta não se concretizaram. Foram paixões que o coração sentiu sem me pedir permissão, deixando-me rendido ao seu poder arrebatador.

Gosto de ti, desejo-te a maior felicidade do mundo pois mereces e talvez por isso não seja o ideal para ti. Sei que um dia outra paixão me surgirá, é a vida. Mas se for contigo, tanto melhor.
O importante é amar e agradeço-te por me teres feito sentir vivo e feliz, por me teres proporcionado esta bela sensação só pelo facto de existires, sem te aperceberes do poder que tens sobre mim!

Um admirador secreto...

terça-feira, outubro 24, 2006

Nascimento e crescimento de um Blog

Dei por mim a pensar como funcionam os blogs e sua divulgação...

Um dia destes, não sei já porque razão, pensei! Vou fazer um blog, onde possa expressar as minhas opiniões por forma a gerar diálogos e discussões saudáveis.

Vai daí, criei o blog "Acaso ou Destino", nome que me surgiu, pois várias vezes tenho a percepção, da existência de sinais que me levam a pensar que nada surge ao acaso. Será que existe mesmo um Destino para cada um de nós?

Escolhido o título, havia que ter inspiração para os primeiros temas e tentar colher opiniões alheias, iniciando a sua divulgação.Passei então a essa fase enviando o link para pessoas conhecidas, para que a sua divulgação começasse a multiplicar-se esponencialmente, porporcional à aceitação que viesse a ter dos leitores.

Tentei divulgar por amigos e conhecidos, não dizendo que ser eu o autor, para que as opiniões fossem o mais imparciais possível. Mas, algumas pessoas disseram logo:
- "...gostei do teu blog, está optimo..."
Eu disse que não era meu, mas sim de um amigo, que por ter achado alguma piada divulguei.
Então alguns disseram:
- "Ha!!! Pois... pensava que era teu"

Ou seja, que me lembre nunca mais apareceram a comentar fosse o que fosse, logo não poderei tirar daí grandes ilações. Pelo menos não serei induzido em erro por simpatia e afinidade pessoal. A seu tempo, quando ganhar corpo e divulgação espontânea, lhe direi que afinal sou o autor.

O objectivo não é que seja aceite unanimemente, mas sim que tenha alguns leitores, por forma a gerar alguma polémica ou discussão á volta dos assuntos. Pois ter comentários do género, "..tá óptimo" ou "..fantástico", blá blá blá... não cumpre o intuito primário que é comunicar, interagir e partilhar opiniões.

Posto isto, fiquei a pregar para as paredes, para mim mesmo e só isso já é henriquecedor, a meu ver.

Depois, vi um artigo da Rita Ferro Rodrigues, na revista Unica do Expresso, sobre blog's e fui espeitar as suas sugestões.
Estou a ler o dito blog, ao qual não achei piada nenhuma e apenas em segundos, disse para mim mesmo:
-Bom, isto não me diz nada.
Mas não deixei de reparar nos links de outros blogues e fui espreitar alguns ao acaso, tendo em conta os títulos que me eram mais apelativos.

Dou comigo a ler "O blog da Loira", senti logo uma grande empatia e gravei o link nos favoritos. Comentei alguns temas por ela publicados. Tive então a simpática visita da sua autora, que por sua vez gostou da forma como eu comentava e escrevia e teve a simpatia de me linkar também.
Continuando, comecei a ver os links dela e assim fui lendo alguns novos blogues. Comentei os artigos que mais me diziam alguma coisa, tentado dar as minha opiniões/provocações no sentido de gerar algum dialgo, nos blogues que mais me identifiquei.

Quando se visita um blog, identificando-nos como bloguistas também (não ler Bloquistas), o autor do blog no qual nós deixamos um comentário, terá curiosidade de ver quem somos e acaba sempre por ler algum dos nossos post's e se gosta, volta. Tal como aconteceu comigo.
Da mesma forma outras pessoas vêem os nossos comentários, que ao acharem o comentário interessante, têm curiosidade e assim se vai divulgando o nosso blog. E entre tantas pessoas, algumas acabarão por achar interesse aos nossos temos e voltaram, gerando-se um núcleo de "amigos" gloguistas que se vão mantendo fieis, por afinidades e formas de pensar.

Acabam então por se gerar ciclos de amizades, que ao fim de muito tempo de convivênvia cruzada, de partilha de opiniões, vão ganhando confiança e intimidade, ao ponto de se perceberem melhor as piadas uns dos outros. E assim cada blog, ganha o seu públoco e começa a ser mais visitado. Por esse facto se torna mais estimulante ao autor continuar na sua cruzada.

A tarefa é solitária, mas saber que temos algum feedback, que nos faz aprender e evoluir como pessoas, por vezes contribuindo para minimizar algumas solidões e desta forma fazer com que as pessoas se sintam mais próximas de alguém, mesmo que de forma virtual.
O autor e o leitor trocam carinhos mútuos, pois a necessidade que temos de ter público é também mutua.

Vi na revista "Psicologia Actual" alguns títulos de artigos sobre a temática dos blogues.
Ainda só li os títulos, mas com tempo irei ler os artigos, mas pelos títulos pareceu-me perceber, que o autor irá falar neste ciclo e nas dependências das pessoas relativamente aos blogues.
Só me faz pensar, que a dependência é tão simplemente de atenção, que de certa forma é real. As pessoas tornam-se dependentes desse ciclo de amizades geradas, mas ao mesmo tempo isolam-se muito do mundo exterior. Penso que o artigo iria andar à volta disto, mas depois leio e se achar necessário volto a comentar.

Agora o tema já vai logo e torna-se també chato. Já me devem ter como o gajo das tangas moralistas. I'm sorry... Penso que consegui transmitir o que pensei. Fico à espera da discussão/comentário.

sábado, outubro 21, 2006

Sexo...

Esta palavra anda na cabeça de todos nós constantemente. Desperta reacções muito contrárias em cada um de nós.
Só a palavra sexo, quando ouvida, deixa logo um ar pesado ao redor. Há os que gostam de ouvir, que abertamente demontram os seus sentimentos, outros fingem não ter ouvido, ficando à coca disfarçadamente a escutar ou pura e simplesmente fogem a sete pés, "Que horror"!!... lol

Porque é que o sexo, um acto puro e simples, que nasce naturalmente em cada ser humano, sendo uma necessidade muito importante para a estabilidade emotional, sendo uma palavra que define o que de mais bonito pode acontecer entre dois seres tem tantas interpretações.
Uns são;
- Tarados, porque só pensam em sexo;
- Frígidos, porque não conseguem ter ou dar prazer;
- Normais, porque fazem com os seus respectivos conjuges, namorados... mas cuidado com os abusos... lol

Pergunto eu:
- Não é tudo a mesma coisa? Não é apenas SEXO?
A diferença não está na cabeça de cada um de nós?
Porque razão é que uma pessoa que tem vários parceiros e não consegue resistir a um rabo de saia, é um tarado? Acho que é apenas alguém que tem muito desejo, que o realiza. Se for honesto com o parceiro, não tem maldade nenhuma.
Porque é que não é possível amar por uma noite com a mesma intensidade que se ama a vida inteira?

Vou fazer uma comparação que pode ser arrepiante, mas é a que me ocorre agora e quanto mais chocante melhor atinge o meu objectivo.
É assim:
Falando agora de "Obrar". Sim isso mesmo...

Também há:
- O que sente a vontade, vai ao wc, faz e pronto;
- O que aguenta mais tempo, por alguma razão e quando vai o alivio é enorme, mas não se consegue evitar;
- E quando a coisa é mole e temos de correr para que não nos saia descontroladamente, seja para trás de uma moita ou para o wc mais próximo, sem pensar em mais nada, só nos ocorre a ideia... "uma sanitaaaaaaaaa, please!" E após nos sentarmos, no instante seguinte, dá-se a descarga e soltamos, ahhhhh... que alívio...

O sexo não é igual?
É apenas uma necessidade fisiológica importante. Logicamente que se pode viver sem sexo, mas não se pode viver sem obrar. Mas quem vive sem sexo e o deseja, será saudável?
Quem não deseja, certamente que será.
Mas quem deseja e procura satisfazer essa necessidade é tarado?

Damos o nome de:
- Fazer amor, quando estamos apaixonados;
- Queca, quando a coisa se desenrola sem controlo, mais animalescamente;
- Ou cumprimento das obrigações matrimoniais.
Porra, que nome mais horroroso, prefiro o sexo, ou a queca... lol

Sexo é preciso e todos o deviamos fazer mais vezes, porque é a expressão de amor, de carinho, de desejo, onde nos sentimos amados, desejados... É tão bom...

Podia estar a fazer sexo agora, mas não. Estou a escrever, que seca!

Tenho desejos que satisfaço de acordo com as minhas convicções, emoções, personalidade e cultura social.
Não sou eu que faço a coisa certa. Certamente que ninguém a faz de forma certa nem errada, todos o fazem, quando podem, quando desejam, quando conseguem, mas fazem porque desejam, tão simples quanto isso.

Façam mais amor (sexo), pois a sensação é optima.
A seguir como nos sentimos?
Muito mais felizes, relaxados e de bem com a vida. Por isso não me venham dizer que sexo só pelo sexo é coisa de tarados. Nao! É coisa de seres humanos normais.

Se temos esta necessidade, este desejo, que nasce com o ser humano, que não se aprende na esccola, é porque é algo importante e natural.

As Sociedades e as Culturas é que mutilam psicologicamente as pessoas com as suas sensuras. Colocam rótulos às atitudes que são da individualidade de cada um.

Desde que o respeito pelo próximo esteja salvaguardado, a liberdade de cada um é pensar, sentir e fazer o que se dejesa!

Encantador de Cybernautas...

Ha o encantador de cavalos e eu... o encantador de cybernautas! Será que consigo?

Claro que não, até porque estou aqui a pregar sozinho, para o espaço onde há milhões de potênciais leitores, mas na realidade, chegarei a poucas pessoas. E daí a encantar alguém, que é como quem diz, fazer alguém ler os "parlapies" sem se cansar, é uma tarefa ardua!

Mas aqui estou eu a pregar antes de me deitar, "alone"...Divangando!

Cada bloguista, expressa a sua opinião, emoção ou experiência de vida. Por vezes podemos ser tentados a assumir que as coisas que lemos são lei, mas se não nos informarmos, limitando-nos a aceitar como certa determinada dissertação, corremos o risco de ser influenciados, sem uma actitude activa e sem nos questionar.

O que eu pretendo, quando escrevo é a discussão e tentativa de chegar a alguma conclusão, mesmo que temporária, sobre qualquer assunto, aprendendo sempre com um qualquer cybernauta, anónimo ou não, que saiba mais sobre determinado assunto, em que me ponha a opinar!

Da discussão sai a luz, não prentendo ser aceite dogmaticamente sem ser questionádo, contestado, etc...

Estás a ver? Será que te "encantei" agora?... no sentido que consegui que lesses até aqui, não desistindo logo no início?
Certamente não encantei, mas despertei a atenção, seja por contestação ou por simpatia. Obrigado de qualquer forma, mas a contestação é a que me dá mais pica, porque permite o debate de ideias.

Já preguei um bocado, vou agora falar com o meu subconsciente enquanto durmo, deixando-o levar-me sem destino...

quinta-feira, outubro 19, 2006

Elisa Lucinda - Só de Sacanagem

Ana Carolina,
Lendo um texto de Elisa Lucinda.
Se todos tivessemos a mesma atitude, o mundo seria melhor...





Luta pelos teus direitos, indigna-te mais e reclama quando tens razão.
Só assim construímos uma sociedade melhor e a evoluímos como seres humanos.

segunda-feira, outubro 16, 2006

Música



A música é um calmante para a Alma... Como seria o mundo sem música?

O Adeus Inesperado...

Realmente a vida tem razões que a própria razão desconhece!

O tema da morte surgiu-me a semana passada, em que comentava que se morria a cada dia e a vida era o caminhar em direcção a essa morte.
Dizia que me sentia feliz por saber que iria morrer, pois iria dar mais valor a cada dia que passa... Mas quando alguém morre na realidade, parece que tudo desaba e deixa de fazer sentido...

Ontem morreu uma pessoa querida de um amigo meu, alguém muito jovem, saudável e sem razão aparente. Como explicar estas coisas?
Custa muito suportar uma perda assim de um minuto para o outro!

Queria apenas dar-te força a ti amigo e á tua família. Não preciso de dizer-te tudo isto, pois não me é fácil falar sobre este assunto, nunca se tem muito a dizer para consolar alguém que perde um ente querido.

Aqui fica o meu testemunho, solitário e fraterno. Que na medida do possível, consigam refazer as vossas vidas, dando valor e não deixando morrer nunca a pessoa que vocês amam e irão amar para sempre...

domingo, outubro 15, 2006

Injustiça

Por vezes sentimos a injustiça na nossa pele, seja ela por incompreensão dos amigos, mal entendidos, seja por falta de reconhecimento no trabalho, nas relações em geral.

Quando as coisas nos tocam e somos criticados, não reconhecendo o trabalho que fazemos, sentimos a raiva, a injustiça!

Por vezes sinto essa raiva, quero explodir e confrontar quem de direito...
Durmo sobre o assunto e acalmo resfriando a cabeça, mas quando a injustiça é real, e não apenas um fúria por ter sido contrariado, pois penso que não reajo apenas motivado pelas oponiões contrárias, a fúria consome-me, sendo mesmo perturbadora da nossa estabilidade psicológica e emocional. Opiniões contrárias estimulam o meu intelecto e a discussão pode ser henriquecedora para ambas as partes. Pena é quando se estremam demasiado as posições, em que o assunto deixa de ser o tema inicial e a conversa toma sentido de agressão pessoal, por se levar uma critica contrária demasiado a peito.

Será que a raiva pela injustiça que sinto, é ela também uma falta de razoabilidade minha?
Ha sempre uma mistura de sentimentos, mas penso que tenho razões mais que suficientes para me sentir indignado. Não é fácil seguir em frente, com a disposição para continuar a fazer as coisas de forma profissional, quando somos injustiçados.

A incompetência e falta de sentido de responsabilidade no nosso país é demasiado grande. Não é um chavão, é a pura realidade. A nossa cultura é mesmo assim, mesquinha, cheia de subterfugios, de mentiras e de falsas amizades!

Para subrevivermos, temos de ser falsos, egoístas e cínicos, temos de fazer o mesmo jogo e fazer ao próximo o que os outros nos fazem. No entanto, não concordo com estas regras e fico indignado com esta imoralidade.

Já pensei e dei vários passos no sentido da confrontação directa com o poder de decisão e que resposta obtive?
Apenas, um "...tens razão", mas não depende de nós.
Depende sempre de algum superior que ninguém enfrenta como eu tentei. A solução passa um dia pelo saltar a cerca hierarquica, muitas vezes limitadora dos conformados.Respeito as hierarquias, mas não me rebaixo a qualquer tipo de filtro e injustiça. Há que enfrentar e lutar pelos nossos direitos.

Como dizia, uma das soluções e que mais se adivinha neste momento, é a possível colocação do lugar à disposição. Custe o que custar, doa a quem duer e fácil é perceber que quem vai sofrer sou eu, mas alguém se lembrará sempre que eu tive tomates. Tenho e vou continuar a ter para enfrentar os poderes instituidos, poderes que minam a nossa sociedade.

Somos uma cultura que tenta imitar e chegar onde os outros estão, pelo cínismo e não pelo profissionalismo. A cultura de antiguidade de poleiros que se mantêm não pela competência, mas sim pela portecção de hierarquias que depois se encobrem umas às outras.

Basta! Meus caros a qualquer momento rebento...

domingo, outubro 08, 2006

O Amor!

O que hoje é uma verdade eterna, amanhã estingue-se e deixa de fazer sentido.

O Amor é um sentimento complexo e ao mesmo tempo tão simples.
Porque amamos alguém?

Cada um tem a sua própria definição de amor e esta varia de acordo com o nosso estado de espirito do momento. Depende se estamos ou não apaixonados, depende de tudo e não depende de nada.

Qual a melhor definição de Amor?
Para mim, neste momento, ocorre-me que o Amor é o que sentimos em determinado momento da vida. Hoje amo-te, amanhã não te suporto ouvir a voz, mas isto não quer dizer que te odeio, não tem nada a ver. Quiça amo-te da mesma forma e apenas os nossos valores são diferentes.
Entrámos em conflito com a pessoa amada, a ruptura, começa a desenhar-se. Ao fim de vários confrontos, as posições começam a extremar-se cada vez mais. O tempo para voltar a encontrar o equilíbrio, começa a ser maior. É um sinal de que o fim está próximo e não terá solução a relação.

Sinto e vejo que difíceis são as relações eternas e duradouras, embora haja muitas que têm sucesso, conheço alguns casos e isso faz-me acreditar no Amor. Mas não é preciso pesquisar muito para verificar que tantas e tantas relações acabam ao fim de um determinado tempo. E porque?
Penso que muitas relações, começam sem grandes bases, sem as pessoas se conhecerem bem.

Tenho a minha teoria sobre as relações, que estas são tanto mais duradouras, quanto mais cedo começam, ou seja, os casais que mais tempo permanecem juntos, iniciáram uma relação desde muito cedo.

Tal como o Amor de um casal, as amizades surgem e acontecem exactamente da mesma forma. As amizades mais duradouras e eternas, caso existam, acontecem entre pessoas que se conheceram na escola, na vizinhança, são relações que se estabelecem desde muito cedo, em que as pessoas já partilharam muitas alegrias e tritezas. Estas relações dificilmente terminam e mesmo a distância não apaga estas amarras.

Eu não tenho estas referências de infância ou adolescência. Estabelecer novas relações, sejam elas de que género forem, não é fácil. Resta-me viver com a pessoa que mais amo, que aprendi a amar, resto apenas eu...

Quando nos apaixonamos, todo muda na nossa vida. Pode chover que eu acordo feliz. Amar é este sentimento que não sabemos explicar, mas que nos deixa sem forças para fugir dele. Ficamos totalmente rendidos ao seu poder.

Deixei de amar e morri um pouco, sofri e continuo a sofrer. Só serei novamente feliz quando sentir o coração a bater mais forte, quando sentir um abraço, um beijo da pessoa amada.

Não te amo, mas já te adoro, não consigo resistir. Foi um click que senti na primeira vez que te vi. Adoro o teu sorriso, a tua voz, o teu olhar. Fico hipnotizado com a tua energia, com o teu corpo e a tua presença. Mal te conheço e sinto que te conheço como ninguém. Desejo-te como nunca.

Será possível que este sonho se realize, mas estou bem comigo mesmo e quero apenas desabafar com o mundo. Tu és maravilhosa. O teu olhar tímido e envergonhado, a tua voz rouca e sensual, deixam-me completamente apaixonado.

Sinto-me feliz porque me fazes sentir estas coisas, mas ao mesmo tempo estou triste, porque não me pertences, não te posso tocar, beijar!

Não sei se algum dia te irei amar, mas seria optimo se esse dia se tornasse real, pois era sinal que tive a oportunidade de te dizer ao ouvido o quanto te desejo, o quanto te amo, o quanto te respeito.

Quero dar-te o mundo, quero viver e morrer ao teu lado.

O que é hoje verdade, amanhã também será. Para mim, posso perder esta chama, posso voltar a apaixonar-me, mas a ti a quem eu amo, amo para sempre e incondicionalmente. Mesmo que as nossas vidas não se voltem a cruzar, mesmo que me venhas a odiar, eu vou amar-te e desejar-te tudo de melhor, mesmo que para isso tenha de te deixar!

O Amor é esta mistura de sentimentos, de alegria e de dor. O Amor é sentir, é respirar, é viver.

Fazes-me sentir vivo e amo-te por isso...

sexta-feira, outubro 06, 2006

Solidão

Tantas são as vezes que passo o tempo sozinho. Em casa, no ginásio, num café ou a passear.

Hoje ocorreu-me uma ideia, ainda esta semana li qualquer coisa sobre isto e realmente hoje apercebi-me dessa realidade, que é o seguinte;
Uma pessoa quando está só, viaja por vários espaços, ideias e experiências. Uma pessoa que está acompanhada, tem as mesmas oportunidades ou possibilidades, mas quase sempre, as conversas são limitadas a poucos assuntos. Muitas vezes são rotineiras e previsíveis. Enquanto que uma pessoa que está só, tem a imaginação em constante agitação.

No meu caso, quando estou só num local público, fico a observar o que me rodeia, sejam as pessoas ou qualquer outra coisa.
Penso em tantas coisas, desde o que se passou no meu dia ou como será o dia seguinte...
Sonho acordado, emotiono-me a ouvir uma musica ou a ver um filme...

Temos mais tempo para nós, para ler, para fazer aquela coisa que nunca temos tempo ou porque nunca estamos sós!

Estar só é ouvir a nossa alma, dialigar com a nossa consciência, é fantástico, como consigo dialogar comigo mesmo e ter vários pontos de vista, como se falasse com outras pessoas.
Eu próprio dentro de mim, tenho vários caminhos, que só me apercebo deles, pela introspecção e comunicação com o meu ser interior. Sem este tempo para me descobrir, tomo uma opção e sigo um rumo, sem analizar outras oportunidades.

Estranho pensamento, mas é tão claro para mim o que se sente. Se calhar não consegui fazer-me entender, mas quem passa por momentos de solidão com alguma frequência, certamente me percebe.