Acaso ou Destino

quarta-feira, janeiro 31, 2007

Eu voto “SIM”

Voto SIM, porque sim.

Incomoda-me ouvir tanta hipocrisia sobre o aborto e sobre a lei que vai a referendo. Os partidos políticos não fazem a defesa das suas convicções, fazem aproveitamento de mentalidades com dúvidas para tentar juntar forças de oposição, nada mais. Mas são burros, se pensam que se o lado por eles apoiado tiver mais votos e o lado do governo menos, que é um sinal contra o governo. Tanta hipocrisia que há neste país, fruto apenas da nossa mentalidade de terceiro mundo. Pessoas medíocres e pobres de convicções, que vão atrás do primeiro palerma que diz umas palavras bonitas, estudadas a fio por gabinetes de gestão de imagem. Dizem o que o povo quer ouvir, logo o povo os aclama, porque é fácil aceitar tudo sem questionar. Questionar faz pensar e as pessoas não gostam de pensar. Pensar para quê? Isso não me leva a lado nenhum, “pensam”!
O povo quer é novelas e big brother, ler revistas da treta, onde apenas se vêem fotos de supostos VIP’s, que não têm onde cair mortos, que vivem das marcas, que lhes sugam a imagem, para venderem os seus produtos. E lá andam eles felizes a comer e vestir de borla e no fundo são uns tristes, pois na realidade ninguém os ama de verdade. E o resto do povo, sonha ser como essa gente, pensando que eles são muito felizes, adorados, sonham ter a vida deles. Gente sem eira nem beira, sem vida própria como já disse antes. Deteste esta mentalidade de terceiro mundo, deste povo que me enoja por vezes. Felizmente ainda há muita gente que me dá provas do contrário e o resto das coisas, as inertes que este País tem, ainda me fazem adorá-lo e nenhuma pessoa pode contrariar isso.

Vinha á pouco a ouvir na rádio, um tempo de antena pelo “Não” ao referendo. Não percebi de quem era, mas certamente de gente muito hipócrita. Uma até disse que tinha cinco filhos e no quinto, teve de “perna aberta”, (tradução minha), para fazer o aborto desse filho que agora tinha ao colo. Mas tudo bem, ela escolheu não fazer e quem escolhe fazer, não tem direito a fazê-lo?

Quem é que tem o direito de julgar sobre a consciência dos outros?

Puta que pariu... para esta gente que teima em ter a mania que é idónea e de conduta intocável.
Puta que os pariu... que não passam de cínicos. Detesto gente cínica...

Quando é que uma mulher faz um aborto de animo leve? Digo eu que nunca. Há ai tanta gente a matar crianças já bem reais, indefesas e não se faz um referendo para a pena de morte ser aplicada a essa gente? Eu votaria “SIM”, também para a pena de morte para essa gente. Para os pedófilos, para os violadores, para toda a gente sem escrúpulos que fazem mal a pessoas indefesas.

O Prof. Marcelo Rebelo de Sousa, que eu gosto de ouvir, que tem uma inteligência enorme, que tem um excelente espírito de análise e critica, a maioria das vezes imparcial e justa (a meu ver). Disse uma coisa no passado domingo sobre o aborto, pois ele é defensor do “Não”, que dizia qualquer coisa como, para ele se a lei dissesse que a despenalização das mulheres que fazem aborto fosse aplicada em qualquer altura, em qualquer semana, ele votaria “SIM”. Mas como só despenaliza até às dez semanas, ele vota “Não”. Há aqui alguma coerência? É pela despenalização sempre, e aqui podia despenalizar algumas vezes e então não despenaliza. Então quero ver quem é que depois vai mandar as mulheres para a cadeia, quero ver, vou exigir que o façam, que os defensores do “Não” peçam a condenação dessas mulheres.
Depois não vale dizer.
- Ah! Despenalize-se!!!

Então Sr. Prof. Marcelo, se a lei dissesse que despenalizava qualquer mulher que fizesse qualquer aborto a qualquer altura, podia ser até aos oito meses, você despenalizava? Pergunto eu que sou muito menos inteligente e burro. Quem é que iria fazer esse aborto a essas mulheres?
Seria feito de forma legal e com condições?
Ou iría prepectuar mais o aborto clandestino? Claro que quem o faria teria de o fazer clandestinamente. Logo, quem defende o “Não” e ao mesmo tempo diz que queria despenalizar. Está a ser hipócrita. Defende um voto que não quer ver cumprido. Pois se ganhar o “Não”, terão de condenar as mulheres apanhadas a morrer por terem feito um aborto clandestino.

Espete-se a faca quando ela chega ao hospital a sofrer. Mate-se logo essa mulher. Assim não se manda para a cadeia, pois aí não se terá de assumir a hipocrisia da lei.

E volto a perguntar eu. Podia até estar aqui a vida toda a dar comparações, mas não vou fazê-lo.

- Então porque se vota em gente que faz chacinas humanas, que manda pessoas para os campos de batalha? Aqui não há direito a referendo pela vida?

Não vi nenhum referendo... Até sou defensor de ter de se agir com a força por vezes, porque há seres que só á paulada é que aprendem, ou melhor, nem assim...

Se a ganhar o “SIM”, como espero, acham que vai liberalizar o aborto? Como usam de argumento os defensores do “Não”, para apelar aos indecisos, dando-lhes a ideia que se votarem pelo “Não”, estarão a ser muito conscientes e de conduta pura. Pura o camandro, para não dizer uma caralhada...

Não é por ganhar o “SIM”, que agora as mulheres vão fazer o aborto de animo leve, de consciência mais tranquila. Acham mesmo isso, defensores do “Não”?

“Ah! Pensa a mulher, tou de 4 meses, ou 5, ou 7... Porra que esta merda pesa!”

Diz-se que as mulheres amam logo os seus filhos assim que sabem da gravidez. Mas depois vão ter um ataque de estupidez e nessas alturas, só porque aquilo nunca mais sai e pesa.

“Porra, amanhã vou ali ao hospital, acabar com isto.”

É nisso que acreditam?

Quem fizesse um aborto dessa forma, não seria ela própria um “aborto” vivo? Como tantos que por ai há. Merecia uma criança viver com uma mãe dessas?
Eu preferia não ter nascido, para ser maltratado, violado a viver sem dignidade, sem a inocência de uma criança saudável e feliz.

Quero que as crianças sejam felizes e bem formadas, para depois não virem a ser “abortos” vivos. Antes um aborto consciente feito, por alguém que pondera as poucas condições que terá para dar à criança, do que um “aborto” ambulante que estorva e entope as mentes e sociedade em que vivemos.

Voto “SIM”. Votem em consciência, mas não pensem que estão a defender a vida, porque não estão. Pensem e reflitam nisso que falei. Não vão matar nenhum neurónio, eles foram feitos para pensar. Eles só morrem se você não os usar...
Permitam a vós próprios colocarem-se no lugar dos outros, dos que sabem que não terão condições para dar ao filho, dos que sabem que não vão amar essa criança. Tenham esse bom senso, pois se calhar quem opta pelo aborto, tem algum bom senso. Não é fácil, sei que não é, afinal se fosse fácil, não seríamos um país de terceiro mundo que é a cauda das caudas no que toca a comparações de educação e critérios de nações evoluidas, prósperas e cultas.

Voto “SIM”. Porque “SIM”.

Adoro as mulheres e as crianças, detesto gente cínica que defende o “Não” e depois hipocritamente o “SIM” à despenalização. (Grande Slogan)

Viver com leis hipócritas é melhor que permitir viver com leis ajustadas à realidade, pensarão os defensores do “Não”.

Mandem este link, aos seus amigos defensores do “Não” e eles que argumentem comigo, para ver quem tem poder de argumentação.

E para acabar, digo apenas “SIM”.
SIM à vida, à vida desejada.
SIM à vida amada.
SIM à morte da hipocrisia.
SIM porque SIM.

segunda-feira, janeiro 29, 2007

Procuro no silêncio...

Terei pensado divagar sobre o silêncio, em como ele por vezes é desejado e outras constrangedor. No entanto uma mudança no rumo do alinhamento me surgiu agora como que por inspiração divina. Estava eu a idealizar, enquanto jantava, o tal alinhamento inicial. Pensei até, estarei a ficar viciado em blog’s?
À pouco tempo, li um artigo que diziam, que quem pensa muito em temas para futuros post’s, começa a ficar viciado em blog’s. Pois seja, sou viciado em mim, o meu blog não é mais que uma manifestação de amor de mim para mim. Dos meus pensamentos, medos, desejos e paixões. Falo de mim para o mundo e escuto-o também. Dou a minha opinião sobre tudo e sobre nada, pois sou eu apenas a viver...
Mas como estava a dizer, ao jantar pensei no alinhamento para este tema “Silêncio”, do qual apenas tinha o título gravado no ficheiro de word onde escrevo antes de publicar, por forma a registar ideias em rascunho e não as esquecer. Então jantava e idealizava no que tinha por base o silêncio. Já tinha algumas frases na cabeça. Depois quando estava a lavar a louça, vens-me ao pensamento e então mudei o tal alinhamento por completo. A tal inspiração divina, ou melhor terrena e bem real como tu.

Agora estou a ouvir Damien Rice “The Blower’s Daugther”, que vocês já tanto ouviram falar. A inspiração fica então mais conectada contigo.

O silêncio por vezes é constrangedor, por vezes é a tábua de salvação para não entrar em loucura, quando o stress se apodera das nossas vidas. Mas há silêncio melhor que o passado nos teus braços, sem palavras? Apenas com olhares, beijos e carícias?
Desejo ouvir o silêncio do teu corpo sereno e calmo deitado em cima do meu peito. Desejo amar-te, apenas com o som dos nossos corpos que não conseguem abafar os sentimentos. Desejo amar-te sem palavras, apenas movimentos e emoções.
O silêncio ao teu lado é como o cantar dos pássaros pela manhã a anuncia a alvorada. É música para os meus ouvidos, que imaginam todas as músicas que contigo quero ouvir e para ti quero cantar. Não há lugar a desafinações, tudo é perfeito e belo, tu assim tudo transformas. Queria agora poder terminar com este silêncio que me amordaça e GRITAR ao mundo o quanto me inspiras, o quanto te desejo e te admiro.
Mas regresso ao silêncio pensando em ti com carinho e paixão. Penso apenas em simples momentos que a dois um dia iremos viver e partilhar de forma apaixonada para todo o sempre.
Hoje não te vi. Procuro-te no silêncio da minha casa, no silêncio dos meus pensamentos. Deixo-te agora no silêncio da noite, não sem antes te beijar suavemente nos lábios deixando que sintas os meus lábios húmidos e sedosos. Vou silenciar agora este amor dentro de mim, apenas transmitindo-te por ondas que só tu irás decifrar.
Procuro-te no bater ensurdecedor do meu coração que grita por amor. Que grita por ti.

sábado, janeiro 27, 2007

Momento especial, simples e importante...

Ontem foi uma noite digna do destino. Há muito se adivinhava que mais dia menos dia, teria de acontecer. Era uma questão de tempo, de se colocar a mão na consciência e agir com alguma coerência.
Fui até um bar, na terra dos fenómenos, beber um copo. Estive na companhia de um casal amigo, depois eles foram para casa, lá para a 1:30h da manhã e eu fiquei a terminar a cerveja. Vou para pagar e a brazuca que estava no bar, abriu outra garrafa mal me viu no balcão. Não percebeu que eu ia pagar, então não sei se inventou na hora ou se é mesmo esquecida, disse, que esta era uma que eu tinha pedido antes, que ela tinha marcado no cartão e não me tinha levado. Eu não estava bêbado e tenho boa memória, então para não se estragar, paguei logo o cartão ao colega do bar e disse-lhe.
- Tenho de beber não é...
Que sacrifício! Não estava mesmo para grandes bebidas. Despachada a tarefa árdua rapidamente, fui para a disco da minha terra. Estava um frio enorme, zero graus, até tremia os lábios no percurso para o carro. Quando ia na via rápida, vi a lua muito brilhante, sob um céu limpo e negro. Parecia uma luz acesa, de tanta luz que emanava, apesar de estar apenas meia lua. Já durante a tarde quando vinha de carro a chegar à minha terra, com um sol radioso, reparei na lua, que estava visível em pleno dia. Ela sempre lá esteve durante toda a viagem, mas apenas reparei quando já estava a chegar à terra. Lembro-me de lhe ter enviado uns beijos imaginários, para a minha musa inspiradora, lá para os lados de Oeiras. Há noite no caminho para a disco, com aquele brilho enorme, fiquei como a ser guiado por ela. Voltei a enviar vários beijos e carinhos imaginários para a mesma pessoa. Como estava sozinho, pensei, se calhar devia ir para casa, mas apetecia-me ir lá só um pouco, era normal fazê-lo. Então sabendo que ia na mesma, pensei, se a lua me levaria até lá eu vou. Com a aproximação da minha terra, na via rápida, dum ponto mais alto, a lua ficava mesmo por cima da zona onde se situava a disco. Fui a segui-la, e ela ficava sempre estrategicamente colocada nesse alinhamento, reparei nisso, estava sensível a isso, por chamamento ou puro acaso, mas não creio. Não terá sido por acaso que desde a tarde e até à noite, nesses precisos momentos, reparei nela. Então disse para mim mesmo. Tenho mesmo de ir, tu levaste-me até lá.
Deixei o carro longe, já a caminho de casa, para evitar alguma operação stop que pudesse ocorrer, mas com o frio que estava era pouco provável, eu até tremia o corpo todo, os lábios, pareciam ter vida própria a tremer também. Reparei que havia poucos carros nas redondezas, devia estar muito fraco e confirmou-se quando entrei. Lá bebi umas cervejocas, e estaria a pouco tempo de ir embora. Entretanto vejo uma pessoa que podia ser sinónimo de aparecer a minha ex., pois faria parte do grupo de amigos.
Pensei, se ela aparecer é da maneira que bazo mais depressa, pois estaria ali sozinho e não queria encontros imediatos. Nos primeiros instantes ela não apareceu, nem mais ninguém dos seus amigos. Apareceu uma amiga, que conheci lá à 2 semanas e teve um bocado a falar comigo, depois foi ter com os seus amigos. Depois vejo essa rapariga ir direito de duas amigas da minha ex., em instantes percebi que ela também apareceria e assim percebi, pela visão periférica.
Tantas vezes nos cruzamos nessa discoteca nos últimos meses e nunca nos falamos, pois algum tempo depois de acabar-mos, ela assim o quis, fazendo-me acusações que me abalaram um bocado. Mas como sei o que sou, o que sinto e que tenho muita integridade, depressa me levantei, também com as palavras de algumas amigas. Ninguém gosta de ser injustamente agredido verbalmente, e eu fico frio para quem me trata assim. Essa frieza era expressa ignorando a sua presença, quando me cruzava com ela, mas sempre reparei que ela reparava em mim. Pouco tempo depois de me deixar de falar arranjou namorado novo e eu que de certa forma me preocupava com a sua dor, fiquei desde esse dia mais liberto.
Voltando ao ponto, em que ela chega à discoteca esta madrugada, e ter pensado que se isso acontecesse, eu iria depressa embora. Ela não me deu hipótese, mal me viu, não era difícil, pois estava quase vazia, nem pensou duas vezes, foi direita a mim. Eu percebi que ela vinha na minha direcção sem olhar para ela, mas pensei que iria passar por mim e ter com as amigas que estavam ao lado, como tantas vezes aconteceu.
Desta vez não, parou à minha frente, esticou-me a face, para me cumprimentar e diz:

- Podes cumprimentar-me.

Cumprimentei e disse:

- Tu é que me deixaste de falar, eu nunca falaria contigo, porque tu assim o quiseste.

Ela tinha apagado todos os meus contactos à mais de meio ano. O resto do diálogo foi curto. Começou por me contar algumas infelicidades de algumas pessoas de família e eu disse-lhe:

- Viste falar comigo para contar desgraças?

Então disse-me que anda bem, que não toma comprimidos, e que faz meditação, não lembro se era Reiki ou qualquer coisa parecida. Não explicou muito bem, a conversa era muito solta e desconexa. Foi muito confusa. Mas pareceu-me bem, e nessa meditação, disse que se tinha lembrado de mim. Deve ter sido agora recentemente e não percebi se o facto de ter vindo falar comigo, foi impulsionado por essa meditação. Pois disse-me que já me perdoou. Eu assim:

- Perdoas-te o quê? Nunca te fiz mal nenhum.

Disse-lhe que lhe desejo felicidades, sempre desejei como ela bem sabe. Fiquei contente por ter falado comigo, pois teria de ser ela a fazê-lo.
Dei-lhe uma palmadinha no ombro e disse-lhe para ir à vida dela, subentenda-se, ter com os amigos e namorado. Não sem antes dizer que os amigos dela se cruzavam comigo e não me falavam. Ela disse que era o inverso. Sim é sempre o inverso. Então disse, vai à tua vida e fico contente que estejas bem e feliz.
Pesei, não quero que fiques aqui muito tempo a falar para o teu namorado não ter ciumes, pois sei o quanto emocional seria este reencontro. Ela estava sorridente e feliz, quiçá também por ter superado esse trauma de não me falar. Afinal vivemos ano e meio juntos, sempre juntos, com grande cumplicidade.

Bebi mais uma cerveja, como que a saborear a o momento sereno que se passou...

Fui embora e ficou fechado de forma correcta mais um capitulo da minha vida. Esta situação era embaraçosa, mas eu sou frio para quem me trata mal. Fiquei mais feliz, por ter sido assim.
A lua guiou-me para este momento, não foi por acaso. Pois houve tantos outros dias que nos cruzamos antes. Hoje teria de ser diferente e foi.
O destino deu um empurrão. Obrigado.
Para ti “ex”, espero que sejas muito feliz, se não for ainda com esse, que seja quando tu te libertares de todos os teus fantasmas que te fizeram perder já grandes amores.

Para mim, quiçá foi o fechar um capitulo de forma a poder iniciar outro de coração limpo, pronto para a minha musa inspiradora. Como eu referia no final dum post anterior. Quando estivéssemos preparados, seríamos um do outro. Eu estou preparado e confiante no futuro, no nosso. Aqui te espero linda, por ti e pelo teu amor.

quinta-feira, janeiro 25, 2007

Vem até mim...

Caminhas ao longe na minha direcção,
de cabelo longo movendo-se desordenadamente.
A cada passo ficas mais próxima de mim,
o meu coração bate cadentemente forte e apertado
A respiração torna-se descompassada,
suspensa, com inspirações longas e profundas.
O meu pensamento perde-se no teu deslizar,
como as ondas do mar quando estão serenas.
Tens uma expressão séria, sisuda, mas divinal.
O teu cumprimento é meigo e envergonhado,
mas ao mesmo tempo doce e encantador.
Não há razão que faça arrefecer este fervor,
esta paixão que me deixa feliz e hipnotizado,
perante a tua presença de sorriso iluminado.
Aos meus olhos és especial e deslumbrante,
o meu corpo, a minha alma estremecem,
quando passas e deixas o teu brilho natural,
impregnado no ar que rodeia o teu caminhar.
Vem ao meu encontro para ficar-mos juntos,
eternamente unidos, entrelaçados um no outro.
Seremos amantes, companheiros e amigos.
Beijo o teu rosto com romantismo e emoção,
abraço o teu corpo e transmito esta paixão...

quarta-feira, janeiro 24, 2007

Um dia será assim...

Há uma música que diz “ Eu sei que vou-te Amar...por toda a minha vida... eu vou-te Amar!” Não sei se te vou amar para sempre. Mas enquanto sentir esta paixão será um amor eterno. A sua eternidade depende da nossa cumplicidade, da nossa amizade, sedução, carinho e paixão.

Se queres ser feliz, procura-me por esse mundo fora e encontrarás o amor da tua vida.
Eu sei que me vais amar como eu... Se eu olhar para ti e sorrir quando tu apenas esboças um pequeno gesto, com cara de não sei quê, cara de bábaca, ou cara de apaixonado, olha para mim e sorri...

Fui tocado pelo Cúpido do Amor e foste tu que foste escolhida, meu coração não me pediu permissão, nem aprovação. Desde o primeiro dia que te vi, diria, à mais de um ano, fui logo alcançado pela tal seta do Amor. Não posso fugir, nem ignorá-lo, tu tas na minha cabeça, na minha pele e no me corpo. Imagina se me tocasses, se eu sentisse o teu beijo, o teu cheiro, a suavidade da tua pele... Ficaria preso a ti eternamente, enquanto esse teu sorriso meigo se mantivesse nesse rosto de boneca, de princesa, de mulher, de menina...

Sei que um dia vou-te amar, por toda a minha vida, eu vou-te amar... Tu ainda não sabes, mas eu vou ser o homem da tua vida, pois tu já és a mulher da minha vida.
Quero que saibas que já tive paixões enormes, cada uma delas foi sempre arrebatadora. Mas quero que saibas que tu és especial, és única e eternamente linda. Procuro-te em cada mulher semelhante, e basta ver alguém que me faça lembrar-me de ti, que te dou um beijo imaginário. Será que o sentiste? Acho que sim, pois tu continuas linda e charmosa.

O que eu te desejo é tão nobre e doce, como tu... Meu amor, estou aqui. Tu sabes onde me encontrar, e quando sentires o meu beijo, a minha presença a minha falta, vem a correr até mim e simplesmente sorri.
Eu vou perceber que tu me amas também e vou abrir os meus braços. Tu encostas-te a mim, eu abraço-te apertadinho e ternurento. Seguro-te pela cintura, afasto o teu tronco do meu e beijo-te os lábios, tu simplesmente sorris sem parar, eu também não consigo evitar e ficamos o resto da noite a contar o quanto nos amava-mos silenciosamente e bobos não arriscamos...

- Quero fazer-te feliz

“já sou feliz porque estou nos teus braços”

- Tu és o meu Amor, a minha paixão a minha vida. Só te prometo uma coisa.

“O quê?”

- Que vou ser sempre sincero com o que sinto por ti. És a pessoa que eu escolhi para amar. Sabes, por ti irei ao fim do mundo para te trazer de volta, porque te quero fazer feliz e tu sem mim, ficas incompleta.

“Não quero que me digas nada, apenas beija-me que eu sinto tudo o que também sentes. Não precisas dizer por palavras o que eu sinto, o que eu vejo no teu olhar. Sei que me amas e eu também te amo.”

Este é o diálogo que está escrito no nosso caminho, e será real quando finalmente estivermos alinhados e “preparados” para assumir-mos este Amor...

segunda-feira, janeiro 22, 2007

Foste tocado por mim...

Como disse antes, este tema será uma divagação, quiçá um chamamento que tenho sentido ao longo da minha já longa vida. Não acordei hoje e pensei isto, não! Não me embebedei e estou de ressaca, também não! Vou revelar aqui a todos o que já disse a algumas pessoas que se cruzaram na minha vida a quem abri o meu coração. Não vou revelar nenhuma coisa maquiavélica, nem nada do género, vou revelar apenas uma coisa que sinto, que só eu sinto... O que eu tenho sentido, à muitos anos, desde que me lembro que existo, é o seguinte.

Sinto-me especial, não como alguém que é superior a outro, mas alguém diferente de tudo e de todos. Podem haver pessoas parecidas comigo, com algumas semelhanças ao que eu sinto, talvez com supostos poderes de médium ou qualquer coisa do género, mas não serão muitas...
Eu não tenho poderes nenhuns, a não ser o poder de ser humano, que me confere uma das maiores dádivas do mundo, que é poder respirar, inspirar e expirar, mesmo quando estou a dormir e assim me mantenho vivo, como qualquer um de vós que me está a ler. Mas como eu dizia, sinto-me diferente, sinto que talvez seja um “observador”. Talvez seja eu os “olhos” de uma entidade superior, que através de mim, sendo eu um ser normalíssimo, sendo eu o veículo para essa suposta entidade ter informações desta vida terrena. Já expliquei isto dezenas de vezes e apenas uma pessoa à muitos anos me conseguiu entender. Estava eu a falar num chat, como que por "acaso" comecei a contar isto que sinto e a pessoa disse-me logo que me entendia e que ela também era diferente. Depois de algumas coisas que falamos, com a minha curiosidade a aumentar, a suposta ligação começou a cair e desde essa altura nunca mais foi restabelecida. Eu estava em completo êxtase, pois estava louco por conhecer essa pessoa, que talvez me conseguisse explicar o que eu sentia, porque foi muito clara na compreensão e vi com muita exactidão essa força, esse empatia. Falou-me qualquer coisa da Bíblia, que eu devia ler e que me iria ela oferecer uma, mas como nunca mais conseguimos falar, nunca aconteceu. Mas senti que ela não se tinha cruzado naquele dia na minha vida por acaso.

Convém já referir, que sou muito intuitivo, por isso, antes que me digam que me posso enganar, eu sei isso. Já me enganei muito na minha intuição, mas aquela situação foi de tal forma especial, que me fez ainda acreditar mais que o que eu tenho sentido pode mesmo ter alguma razão de ser. Mas como é uma situação que não consigo explicar fácil, vou vivendo, tentando não me deixar influenciar muito por isso e por vezes consigo fazê-lo, mas sinto essa coisa estranha...

Provavelmente ainda ninguém me entendeu, nem espero que faça, pois como já disse, é algo tão único (a meu ver) que não será uma vida qualquer demasiado terrena que me vai entender. Digo que sinto-me especial, sinto que tenho sempre uns olhos em cima de mim. Para tentarem entender, imaginem que estão a caminhar na vossa vida e vêem sempre tudo através de uma câmara de vídeo, ou seja, o que vocês vêem é o mesmo que a câmara vê, mas eu sou a câmara, que apenas vive e essa entidade que usa a minha visão (lente da câmara), fica com a cassete e com o registo dessa minha vivência. Provavelmente ainda vos baralhei mais, não é fácil falar sobre algo que eu não entendo... Apenas sinto...
Por isso por vezes penso que talvez seja um mártir, que tenho a minha missão de ajudar os outros, não de uma forma massificadora, mas espalhando pequenas sementes pelas pessoas que se vão cruzando comigo. Digo isto e tenho alguma razão para o fazer, pois há algumas pessoas que se têm cruzado na minha vida e tenho o “dom” de as encontrar muitas vezes em fases de pré-depressão, em fraqueza e humildemente, com o meu conhecimento empírico, sensível e muito humano, tento ajudar, dar o meu ponto de vista, que nunca é uma solução, mas apenas uma tentativa de lhes fazer abrir os olhos, para que consigam pensar e ver as coisas friamente, fazendo-as acreditar em si, aprendendo a não serem fracas e a tomarem as rédeas das suas vidas. E não é por acaso que acho, humildemente, que consigo dar algum rumo a essas “almas” meio perdidas e elas depois levantam voou e eu sigo o meu caminho. As situações são as mais variadas, podem acontecer como amigo, como mero conhecido, como amante ou namorado.
Já senti isso, e por vezes algumas pessoas não o entenderam, mas no fim de uma relação fiquei com essa ideia claramente. Afinal a minha missão está cumprida, sofro mais uma vez por não ser feliz, mas se calhar não terei de o ser, magoei, sem intensão, mas esses sentimentos fizeram essa pessoa crescer na sua maturidade. Um dia ela vai entender que afinal eu fui importante na sua vida. Foi o que disse a uma pessoa...

Não é por acaso que mesmo não sendo feliz nas relações amorosas, sinto muitas vezes pequenas felicidades, por sentir que contribuo para ajudar a dar uma luz, mesmo que fosca, a algumas pessoas que se cruzam no meu caminho. Nem todos precisam dessa ajuda e esses se lhes disser isso, ainda me gozam. Mas as pessoas que realmente o precisam, mesmo sem o saberem, se fizessem uma análise do antes e do depois certamente me darão alguma razão...
Não preciso que mo digam, mas eu sei que isto parece coisa de louco, talvés até o seja, mas ainda estou consciente para saber que até aparece, até pode ser... É um sentimento que sinto á mais de vinte anos, para não dizer desde sempre, como já disse em cima.

Este é o tema intrínseco à criação deste blog, que não tem este título por acaso. “Acaso ou Destino”, é a meu ver a forma de chegar a mais pessoas que não me conhecem e podem aqui encontrar uma luz, uma mão amiga e orientadora, para algum momento menos bom da sua vida. Ou seja, não é por “Acaso” que tu passaste aqui, que eu entrei na tua vida. É o teu “Destino” e o meu que tinham de se cruzar. Posso deixar muito a algumas pessoas e pouco ou nada a outras, mas todas foram de certa forma tocadas, influenciadas por mim, pelas minhas palavras, quer queiras ou não. É a vida! É a minha vida...
Eu sou a luz que tu precisas para chegar onde queres, onde mereces...

Se este blog desaparecer, será tal como da outra vez com a tal pessoa no chat, que nas tentativas de falarmos, quando a ligação teimava em cair constantemente, várias vezes até desistir, essa pessoa conseguiu dizer-me ainda que, haveria alguma força que não permite que “almas” como nós se encontrassem, pois tornaria-mo-nos muito fortes.
É uma digavação, é um chamamento ou loucura. Cada um na sua cabeça fará a sua apreciação, ou melhor a sua percepção do que quer ver ou sentir sobre tudo isto.
Eu sou apenas um humano que vive, tal como todos vós, mas que tem alguém que se alimenta da minha vida para nos espiar a todos. Por isso ser feliz para mim é complicado e por vezes penso que no campo amoroso, quando amo tanto alguém, mais vale não a ter, para não ter de a perder...

É a minha sina, tocar-te e mostrar-te a luz para o teu sucesso, para a tua felicidade...

sábado, janeiro 20, 2007

Sinto-me seco...

Há dias em que me sinto apaixonado pela vida ou por alguém, mesmo não sendo correspondido, o sentimento é vivido no meu interior e é claro que se for correspondido, será o pleno. Do sentimento de carinho, paixão, admiração por alguém, juntar-se-ia, o sofrimento próprio do aperto no coração. A respiração tornava-se mais forte, sentimos que perdemos os sentidos, só interessando os que estão sintonizados com a pessoa amada. Ficamos apáticos a pensar nela, as vezes parados no tempo só a recordar a imagem do seu rosto que permanece estática na nossa mente. Imaginamos o seu cheiro o seu beijo...
Quando o sentimento é puro e arrebatador, mas não vem acompanhado da devida retribuição, surgem momentos de apatia por falta de sentimento. Hoje sinto-me assim, apático, nem alegre nem triste, apenas apático...
Queria aninhar a minha cabeça no teu colo e sentir os teus dedos afagarem o meu cabelo. Dizer que és linda demais e ver o teu sorriso refletir-se no teu rosto, deixando-te sem jeito, envergonhada e feliz. Estou seco, mas vivo, tão vivo que sou capaz de te imaginar a sorrir, a falar, a andar... Se dizem que quando se deseja muito algo, isso se realiza. Quando o teu destino se cruzar definitivamente com o meu, ao tempo que eu já te admiro, se for paixão mútua, não vais nunca mais libertar-te de mim.

A ler um blog “PormenoridadeS”, ao ouvir uma música que já não ouvia à anos do filme Darty Dancing com Patrick Swayze “Shes’s like the wind”, relembrei esse filme que marcou a minha adolescência. Era uma miúdo tímido e sensível. Agora ainda o sou, mas deixei de ser miúdo... Esta musica fez-me lembrar o sentimento de amor, mas de uma forma triste, talvez por hoje me sentir seco e inanimado. Tu és como o vento que me afaga o rosto, o cabelo, por vezes forte, outra vezes suavemente. És o sol, a luz e a força que faz brilhar um sorriso no meu rosto, por mais triste e cansativo que tenha sido o meu dia. A tua voz doce e meiga, o teu olha terno, desarmam e acordam até o mais moribundo dos seres.
Tens um dom! O de espalhar uma magia por onde passas. Sinto-me seco e ao lembrar-te, fico logo muito mais feliz e sensibilizado pela tua presença sensorial, que está entranhada no meu cérebro e teima em não o abandonar. Por mim podes ficar ai o tempo que quiseres, mas preferia que estivesses também aqui junto a mim, para poder conhecer o teu cheiro e tocar os meus lábios suavemente nos teus enquanto te olhava nos olhos. Apetece-me dar-te um abraço forte, encostar a mina cabeça no teu ombro e suspirar “adoro-te”.

sexta-feira, janeiro 19, 2007

Gente metidiça na vida alheia...

“Protecção para Mel B – Grávida de sete meses, Mel B está sob protecção policial 24 horas por dia. Constantemente insultada pelos fãs de Eddie Murphy (o actor de quem alegadamente espera este filho) que montaram acampamento à sua porta, a ex-Sipce Girl teme reacções mais violentas.”
Revista Única do Jornal Expresso de dia 13 de Janeiro de 2007.

Se um qualquer mortal sofrer este tipo de ameaças, sem dinheiro para pagar esta protecção, resta-lhe sujeitar-se à brutalidade dos maus tratos.
Alguém me explica o que é que esta gente tem a ver com o problema dos outros? Será que por serem fãs lhes dá o direito de tomarem as dores dos seus ídolos? Se fosse comigo corria-os todos à estalada e eu que sou um gajo muito pacifico. :)
Para mim é a falta de uma vida própria que os faz tomar a vida dos outros, a vida que assistem nas novelas, nas revistas, como sendo suas também.
Detesto gente sem vida... Gente fútil, egoísta e mesquinha... Não sou um gajo puro nem perfeito, sou um ser cheio de imperfeições que gostaria de ter tempo de voltar atrás para corrigir alguns erros, que o tempo já não apaga. Não são erros de falta de caracter, mas sim de fraquezas minhas que apenas me prejudicaram a mim.
Aprendi, cresci e amadureci também com esses erros, é o meu percurso de vida, a minha história. Posso até um dia ficar louco, é bem possível, pelo que conheço deste mundo e de mim...
Mas se há coisa que eu sei que nunca serei, é intolerante, possessivo e egoísta. Detesto cinismo, falsidade e gente sem respeito pela opinião contrária, nem respeito pela vontade alheia.

Sou louco, aprendiz, consciente e feliz... por ser quem sou, por ser consciente da singularidade e cada um. Não gosto de todos, nem terei de o fazer. Gosto de gente simples e autentica, que diz a verdade sem rodeios, mesmo que essa verdade seja incomoda para algumas mentalidades retrógradas...

quarta-feira, janeiro 17, 2007

Trocamos umas palavras...

Coloquei um post novo e apeteceu-me ouvir uma música. Escolhi Ana Carolina e inevitavelmente, a sua voz me inspirou. Que raio tem esta mulher na voz que me deixa assim...
Se não fosse esta música, não teria agora registado este momento. Um momento curto e simples que aconteceu seria então esquecido. Não me iludo com o que não acontecerá no futuro sobre o que sinto por ti, não acontecerá provavelmente nunca.
Sonho e vivo a vida cada dia, com o prazer que sinto em estar vivo, mas consciente do que pode ou não “ser” meu. Tudo pode mudar um dia, eu posso mudar, o mundo pode mudar, estarei atento, para não perder esta oportunidade se os astros nos cruzarem...
Uma coisa é boa, quando ouço as cantigas desta mulher penso em ti...
A música “Quem de nós dois”, faz-me lembrar de ti. O teu sorriso é maravilho... Esse olhar terno, meigo e até um pouco triste... Hoje falamos um bocado e fiquei feliz interiormente. Conheço o teu rosto, o teu sorriso e não consigo ficar indiferente á tua presença. Tu com apenas um piscar de olhos fazes-me sorrir. Que sentimento bonito este que eu sinto. Podem dizer que é frágil, que é platónico, digam o que disserem, este sentimento é o que eu defino por um sentimento de carinho, de ternura, de paixão, simplesmente de Amor puro e desinteressado. Livre de egoísmo do meu sentimento de posse perante a tua vontade.
Queria-te roubar para mim, mas não poderia ser feliz. Tu estarias infeliz e por isso eu também. Se um dia tocar o teu rosto com os meus dedos suavemente, acho que vou chorar... chorar de alegria, de euforia e a paixão me levará ás nuvens.
Imagino esse momento, agora por momentos e penso.
- “Não Consigo parar de te olhar”.

Mutilação da Mulher

“ A minha avó e outras mulheres agarravam-me. Aquele homem cortou o meu clitóris. Senti uma dor horrível, impossível de explicar”

“Preciso de encontrar as mulheres presas na jaula mental do Islamismo e convencê-las de que tomem as rédeas de sua vida.”

Frases de Ayaan Hirsi Ali, defensora dos direitos das mulheres da Somália e autora de « Minha vida, minha liberdade», in «El País Semanal»
Revista Única do Jornal Expresso de dia 13 de Janeiro de 2007.

Ao ler estas frases surgiu a ideia de falar sobre a mutilação que algumas culturas ainda persistem em impor às mulheres. À tempos vi uma reportagem sobre este assunto, da qual retenho a justificação dada por essas culturas para cortarem o clitóris às crianças do sexo feminino, pois para eles o clitóris seria o causador do prazer e ter prazer originaria a tentação de ceder ao pecado. O sexo só poderia ser permitido no âmbito da procriação e para satisfazer os machos.
A segunda frase, também me faz pensar o seguinte, algumas mulheres não se insurgem contra a sua cultura, por tratar a mulher como ser inferior, pois seriam condena à marginalização ou até mesmo à morte por terem tamanha ousadia. Mas a tradição mantém-se também porque a maioria acha que esta cultura e tradição é a correcta por terem sido habituadas a viver dessa forma.

Muitas vezes já me viram dizer que as mulheres por vezes têm “coisas de mulher”, que por vezes irrita os homens, quer pela sua complexidade em resolver problemas simples, quer pela sua sempre pretensão para contrariar o que o homem diz ou pensa. Mas isto são apenas características de uns e de outros, que nunca serão alteradas, que têm muito de genético e físico, embora por vezes não queiramos aceitar essa diferenças. Elas existem e vão existir sempre! Teremos de aprender a ser tolerantes e conciliar essas diferenças. Certamente nunca será fácil, mas cada panela tem uma tampa à sua medida, logo o que interessa é procurar a nossa tampa.
Admiro muito as mulheres pela sua força, garra e profissionalismo. Por vezes crítico algumas das suas atitudes, mas se repararem bem, crítico porque acho que elas por vezes se deixam rebaixar ou dominar pelo homem. Facilmente ficam rendidas quando um homem por quem sentem alguma atracção, será porque no seu subconsciente ainda procurar a estabilidade duma relação? Penso que sim, por isso as critico, para as espicaçar perante essa passividade. Por cederem tanto a alguns desses caprichos, quando estão um grande número de mulheres juntas, por vezes o clima é tenso e de muita intriga. Com os homens o inverso é o mais frequente. Talvez por terem sempre de provar mais a sua competência e por desempenharem papeis de chefia dentro do lar, são o ser mais forte, que precisa apenas de ter mais confiança em si. Cada vez mais isso começa a acontecer e os homens que têm a mania de serem machões que se cuidem.

Mas queria apenas dizer sobre a mutilação feminina ou qualquer outro tipo de domínio do macho perante a fêmea, que sou totalmente contra e não sou nem nunca serei machista. Qualquer poder exercido por pressão perante outrem não passa de uma brutalidade do suposto superior perante o mais frágil. É a irracionalidade ao serviço do ser humano, que tantas vezes comanda este mundo e que eu não consigo entender.

terça-feira, janeiro 16, 2007

Casamentos e Divórcios

“A TV dos Casamentos – Wedding TV (TV Casamento) é a última loucura televisiva no Reino Unido. O seu lançamento (no âmbito da plataforma de canais Sky), em Dezembro passado, parte do pressuposto de que se 40 milhões de britânicos vão anualmente a casamentos isso significa que o tema é suficientemente mobilizador para ter direito a um canal de TV, devidamente assessorado por um «site» (www.weddingtv.com)”
Revista Única do Jornal Expresso de dia 13 de Janeiro de 2007.

Se os casamentos têm direito a um canal pelo mercado de potências espectadores, acho que existe uma oportunidade de negócio na criação do “Canal dos Divórcios”.
Parece-me que o número de divórcios não se deve ficar atrás do número de casamentos. Como proliferam crónicas de desdém da vida alheia, em que o seres humanos (não sei se apenas os Portugueses), tanto gostam de maldizer e comentar a vida alheia, se estas tiverem pormenores de adultério, perversão ou originalidade, tornam-se mais apetitosas às beatas deste mundo.
Não vou comentar a cerimónia do casamento pela qual não tenho nenhuma simpatia, pelo negócio e por alguma hipocrisia à mistura. Mas respeito quem comete tal “loucura”, pois quiçá um dia, me aparecerá a tal "princesa", cara metade ou alma gémea, capaz de me fazer cometer essa loucura e poderei ficar apaixonadamente hipnotizado que cederei a tal tentação. Mas como sou teimoso e de difícil contentamento sentimental, acho que estou livre de vir a cometer tamanha irracionalidade ....

Certamente que este “Canal do Divórcio” seria um canal de maior sucesso que o cridado pela Sky. Se alguém aproveitar a minha ideia, espero depois que tenha o “Bom Senso” de me dar qualquer coisinha, que isto de ser “idiota” tem que se lhe diga.

sexta-feira, janeiro 12, 2007

O teu sorriso voltou

Hoje estás com uma expressão carregada e triste...
Sinto-te distante. Pergunto-te em que posso ajudar e tu quase não tens reacção, como se precisasses apenas de carinho, do meu conforto e do meu silêncio.
Preparo-te uma refeição leve enquanto tens uns momentos de completo relaxe. Depois, deito a tua cabeça no meu colo e começo a acariciar-te o cabelo. Contorno o teu rosto com as minhas mãos suavemente e sinto o teu respirar aos poucos a acalmar. A cada passagem dos meus dedos no teu rosto, a tua expressão começa a deixar-se levar, a deixar-se relaxar e voltar ao natural, menos carregada e mais serena.
Quando te sinto mais relaxada, pego-te no colo e levo-te para o quarto. Tiro-te os sapatos… as meias. Tirando-te as calças e a camisa, deito-te de barriga para baixo. Tu deixas-te levar, confiando em mim…
Coloco um gel de massagem nas minhas mãos, espalhando uniformemente por elas. Começo a massajar-te as pernas nos gémeos, na planta dos pés, depois nas coxas… Os movimentos são de alguma pressão contrastando com alguma suavidade, longos e por toda a sua extensão.
Agora continuo pelas costas, mais gel, para que as mãos escorreguem sem deixar que o friccionar seja irritante para a tua pele. Pressiono na zona dos teus ombros, em movimentos circulares com os polegares, até a tensão dos teus músculos se render ao pleno relaxe.
Deixo pelas tuas costas, junto á coluna, com vários movimentos, circulares, partindo da zona da coluna até as costelas, de forma a que todo o teu corpo agora esteja completamente relaxado e tu quase a adormecer e serenamente descansada.
Quando te viro de barriga para cima para completar a massagem, tu já esboças um sorriso no teu rosto, motivando-me para continuar neste prazer que é tocar-te. Completo a massagem pelas tuas pernas, agora pela frente. Passo suavemente as mãos pelo teu peito só para elas sentirem uma carícia minha...
Massajo igualmente cada braço teu por cada centímetro... Termino com as minhas mãos a estirarem-te as maçãs do rosto, suavemente… Tu sorris sem dizer uma palavra…
Deito-me ao teu lado e tu abraças-me... beijas-me nos lábios suavemente e adormeces como um bebé… livre e calma…

quinta-feira, janeiro 11, 2007

Banho rejuvenescedor

Sinto o meu corpo pesado, cansado, pedindo-me algo reconfortante e relaxante… Começo a despir-me… Peça por peça… desnudo-me completamente.
A temperatura fresca do ar, começa a arrepiar-me os pelos do corpo. Abro a torneira da água para que esta comece a aquecer, até atingir a temperatura ideal… Agora já no ponto, meto-me na banheira e direcciono o chuveiro contra o meu peito. A água quente, começa a percorrer-me pelo corpo abaixo e a sensação é óptima. É uma sensação de liberdade, de conforto e de prazer.
Com o corpo já todo molhado, desligo a água e começo a passar o gel duche. As mãos deslizam friccionando o gel pela minha pele. O toque é suave e massajador, deixando no corpo uma doce sensação de carícia que me vai libertando da tensão do dia. É de facto um momento só meu, de prazer entre o corpo o espírito. Os meus pensamentos correm por vezes a uma velocidade estonteante, como se fizesse um resumo do dia em segundos. Liberto-me desses pensamento e agora estou calmo, apenas sentido a água pelo corpo abaixo, como se estivesse a ser beijado suavemente. Os dedos deixam um rasto à sua passagem, um desejo de retorno no meu pensamento. Por fim, após largos momentos de ternura penso:
- “(...) este banho seria perfeito se tu estivesses aqui (...)”
O toque das minhas mãos seriam substituídas pelas tuas, eu passaria o gel no teu corpo e tu no meu. Amar-nos-íamos, começando pelos dedos acariciando o corpo um do outro… beijava-mo-nos…
Deixo agora de pensar e vou apenas sentir-te… o meu pensamento deixa-se dominar por ti…
Quase sinto que estiveste mesmo aqui junto a mim…

segunda-feira, janeiro 08, 2007

Bom Senso

Hoje apetece-me falar e divagar sobre o bom senso. Isso mesmo, aquela atitude de compreensão e assertividade que tanta falta faz nos seres humanos.

Começo já por dizer que por vezes, perco as estribeiras e fico furioso com a vida, com as pessoas e suas atitudes. Também cometo os meus erros e quando assim é, tento reparar o erro admitindo perante a pessoa visada, a minha mea culpa. Sei que desculpas não apagam os erros e a palavra dita é como a pedra atirada, não há forma de se deter o seu percurso.

Tenho por característica, ser uma pessoa assertiva e de bom senso. Detesto ver pessoas agredirem outras por pura prepotência, em que a sua voz apenas se faz ouvir pela gritaria e não pela razão. Aquele que tem razão nas suas palavras, não precisa de as impor, basta transmiti-las de forma serena, que estas cumpriram o seu dever, a sua missão.

É difícil encontrar pessoas que tenham bom senso, que saibam dar a mão à palmatória, admitindo os seus erros e fraquezas. Errar é humano, incansavelmente já repetido por toda a gente. Mas errar e ter a coragem, a dignidade de se curvar perante os atingidos com sinceridade, é coisa que poucos conseguem fazer. Devem pensar, “...tudo bem eu errei...”, mas os outros também erraram e com essa atitude, recusam-se a admitir que o fizeram. O Orgulho, o egoísmo, o egocentrismo que se tem nesses momentos é causador de ódios e desavenças. Por vezes os desentendimentos passam a eternas discordâncias, por pura cabeça dura de alguns intervenientes.

Sou e tento ser sempre digno e justo, mas por vezes sinto-me uma ave rara neste mundo, quiçá pensando se não serei um extraterrestre nesta terra de humanos, completamente loucos e cheios de insanidade mental. Detesto o egoísmo, não aquele que é admissível, que é querermos melhores coisas, melhor bem estar, porque se essas coisas nos fazem um pouco mais felizes e nos deixam de bem connosco, também são importantes. O egoísmo a que me refiro, é aquele que é feito com maldade, com plena consciência de que se está a provocar desconforto no próximo. Quando se comete um erro de forma inconsciente, até por ingenuidade ou tentativa de fazer o bem, mesmo que possa custar a terceiros, se o nosso coração conseguir transmitir essa pureza de intenções, certamente serão aceites as desculpas e desta forma contribuímos para que as relações comecem a ser mais fortalecidas. Ao invés se tivermos consciência que o outro não fez por mal e tivermos nos a maldade de o fazer sofrer, só para que ele sinta na pele o que nos fez, mesmo que o tenha feito de forma inconsciente, estaremos sim a ser injustos. Estaremos a semear ventos que causaram tempestades desnecessárias.

Desejo para este ano encontrar pessoas de bom senso no meu caminho, de forma a cultivar as relações humanas sem ódios e com amizades puras e duradouras.
Queria eventualmente que as pessoas fossem mais amigas e sinceras umas com as outras e deixassem de andar a enganar meio mundo, logo a enganarem-se a si próprias.
A sociedade vive-se de fachadas e pergunto eu. Para quê?

Desejo bom senso para todos neste ano de 2007 e que essa mudança interior, contribua para mudança na sociedade com pequenos gestos e pequenos passos.

domingo, janeiro 07, 2007

Blogger's

Hoje dediquei algum tempo de passar por vários blogs. Por aqueles com os quais mais me identifico e outros que por vezes não vou tão frequentemente.
Normalmente gravo o blog das pessoas que comentam no meu ou noutros blogs que leio, se os seus comentários se enquadrarem com a minha maneira de pensar e sentir e se houver uma empatia com o que o autor transmite na sua escrita.
Quando sou visitado e deixam algum comentário, vou sempre ver o espaço da pessoa que me comentou e ver o que tem para dizer no seu blog. Desta forma faço algumas descobertas de pessoas e pensamentos. É fantástico este mundo.

Como dizia, hoje soube-me especialmente bem estar a ler-vos e tenho por hábito comentar sempre, para dar a minha opinião. Para mim um blog é um espaço em que cada autor expressa as suas ideias, críticas ou emoções, mas é um espaço de debate sobre esses sentimentos e gosta de ser confrontado com o que diz ou pensa.
Eu pelo menos penso assim e daí podem sair trocas de ideias que nos podem mudar ou enriquecer fortalecendo as nossas confissões que por vezes podem ser tímidas ainda.

Não é por acaso que nos vamos cruzando neste meio virtual, acrescentamos sempre algo uns aos outros. Gosto de todos os vossos comentários, sejam concordantes ou discordantes.
Obrigado por me visitarem e deixem a sua marca se possível, para vos descobrir também.
Este post nasceu da inspiração de ler vários blogs, Logo existe porque vocês também existem.

Tu blogas logo existes ... :)

terça-feira, janeiro 02, 2007

Novo ciclo

Tendemos a iniciar o novo ano com as baterias carregadas de esperança para o novo ano. É fácil agora fazer planos como se nada do que ficou para trás contasse. Não nos esqueçamos do que fizemos de errado, do que fizemos bem ou do caminho que percorremos para nos poder permitir agora sonhar com alguns objectivos. Tudo é obra da nossa eterna luta diária. Nada começa do zero neste início de Janeiro, mas é apenas uma continuação de Dezembro.

É bom termos novas esperanças e novo fôlego. Que nesta altura, estes balanços, este projectos sirvam para nos motivar, para nos dar mais determinação e força para voltarmos a lutar por coisas que em tempos passados já tenhamos abandonado por falta de convicção, força e determinação.
Tudo o que fazemos para chegar ao fim desejado é positivo, mas se tentarmos fazer este exercício mais vezes talvez tivéssemos mais proveito o ano todo. A determinação, a luta diária deve ser sempre igual à que sentimos nesta altura. É verdade que nem sempre temos a mesma força nem a mesma garra, mas se tentarmos procura-la dentro de nós, conseguimos encontra-la porque tudo depende apenas de nós, pois a nossa força é a nossa maior aliada. Nem sempre conseguimos tudo à primeira. Alturas há em que temos de mudar de rumo, pois constatamos que estamos a remar contra a maré. Importa termos sempre o discernimento de saber analisar e mudar de rumo, ou empenhar-mo-nos mais no que queremos alcançar sem desistirmos logo no primeiro obstáculo.

Eu também não tenho tido muita sorte, mas não quero lamentar-me nem dizer que este ano é que vai ser. Tenho feito tudo, ou não, para conseguir sempre chegar aos meus objectivos. Sinto que as coisas estão a mudar e que aos poucos vou-me aproximando cada vez mais do alvo. Posso agora encher o peito de ar e dizer que este ano só pode ser melhor que o anterior. Mas sei que este ano é o fruto do que fiz no passado e se agora me sentar á sombra na expectativa de amealhar os lucros, ou simplesmente colher os frutos cujas sementes plantei, corro o risco de ficar à espera e morrer sem nada. Sim tenho novo fôlego, mas vou continuar a lutar, consciente que tenho de tentar ser sempre mais e melhor. Nos momentos de fraqueza que me surgirão, vou ter apenas um pensamento, “tenho de sair desta fase depressa”, pois tudo é passageiro e quanto mais depressa me motivar, mais depressa recupero.

Para este ano quero tentar ser melhor pessoa. Farei os possíveis para melhorar apenas um bocado em relação ao dia anterior sem grandes projectos. O meu projecto é o hoje. Se hoje consegui atingir o objectivo de melhor face a ontem, estou a caminhar para onde quero.
A espiritualidade será uma das minhas reconquistas, será a aproximação do meu eu interior com meio envolvente. Quero apenas curtir a minha vida com um sorriso nos lábios. Quero amar assim como me amo a mim.
Vou amar as mesmas coisas que o ano passado, vou querer sentir as mesmas emoções que me fizeram feliz e vou continuar a querer ser feliz tal como ontem.
Já atravessei o deserto, agora, coloquei-me em cima dum Camelo e vou suando pelo deserto em busca do meu oásis. Afinal quero apenas tudo o que sempre quis...Ser feliz!